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Émilie Monnet & Waira Nina

Nigamon/Tunai

Uma pessoa está com os joelhos apoiados no chão e segura num objeto grande e acobreado, inclinando-o para outro objeto. A pessoa veste-se de preto, tem uma flor vermelha presa ao rosto e umas sobrancelhas grandes de cor verde. - Antoine Raymond
© Antoine Raymond
Uma pessoa está com os joelhos apoiados no chão e segura num objeto grande e acobreado, inclinando-o para outro objeto. Vemos a pessoa de perfil. A pessoa veste-se de preto e vermelho, tem uma flor vermelha presa ao rosto. O ambiente é escuro, e no chão conseguimos ver vários bancos espalhados. - Antoine Raymond
© Antoine Raymond
Duas pessoas, em pé, seguram em dois grandes objetos acobreados. Têm um pequeno tanque com água à sua frente, onde um dos objetos está inserido e o outro acaba de sair. As pessoas vestem-se de preto e vermelho, olham para baixo com um ar concentrado. No lado esquerdo vemos uma planta verde ao fundo. - Antoine Raymond
© Antoine Raymond
  • 16.11 — 17.11 2024
  • Estreia nacional
  • Teatro do Bairro Alto
  • M/16
  • 1h25 min
  • Espetáculo multilingue (espanhol, francês, inglês, anishinaabemowin e inga) com narração integral em inglês e português

Canção, respiração, árvores, água, cobre, instrumentos, solidariedade e amizade são os materiais de um ritual performativo para a proteção dos lugares em que vivemos.

Émilie Monnet, do Canadá, e Waira Nina, da Amazónia colombiana, são artistas interdisciplinares que procuram forjar ligações entre povos indígenas dos hemisférios norte e sul.

Partilham uma longa amizade construída a partir do que há em comum nas suas lutas e cosmogonias. Na Amazónia colombiana, no território do povo inga, a exploração de recursos por multinacionais petrolíferas e mineiras destrói ecossistemas completos. Entre essas matérias-primas está o cobre, um metal central para a cultura anishinaabe, no Canadá, onde as mesmas empresas operam.

Inspiradas na solidariedade pela proteção da água e na resistência contra a extração de recursos, Monnet e Nina criam uma instalação de árvores, água e instrumentos em cobre. Nigamon e tunai significam “canção” em anishinaabemowin e inga. Usando as suas vozes, a sua respiração e os seus corpos, entrelaçam a performance de um ritual com um áudio documental.

Será queimada sálvia no palco antes de cada apresentação.


Conversa pós-espetáculo com Émilie Monnet, Waira Nina e Ritó Natálio (em inglês) a 17 Nov.

Ficha Artística

Texto e encenação Émilie Monnet, Waira Nina Performers Émilie Monnet, Waira Nina Dramaturga Yohayna Hernández Apoio à encenação Sarah Williams Assistente de produção Wanderson Santos Desenho musical Frannie Holder Cenografia Julie-Christina Piché Sonoplastia Leonel Vasquez Figurinos Yso Bordados Belen Jacanamijoy Maquilhagem e cabelo Julie Cusson Iluminação Frannie Holder Espacialização sonora Frédéric Auger Vídeo Mélanie O’Bomsawin Direção técnica Guillaume Lafontaine-Moisan Direção de produção Cynthia Bouchard- Gosselin, Dominique Sarrazin Consultoria de protocolo (Norte) Floyd Favel Consultoria de protocolo (Sul) Luciano Mutumbajoy Com as vozes de Amanda Roy, taita Luciano Mutumbajoy, Sonia Mutumbajoy, Anik Sioui, Sharon Day Vozes infantis (Luna 8) Alanis O'Bomsawin-Galand, Élouan O'Bomsawin-Galand Canção da árvore “Nibi Song” criada por Doreen Day Interpretada por Andrée Levesque Sioui, Nahka Bertrand, Annie O'Bomsawin, Kim Picard, Yolanda Jacanamijoy Mutumbajoy, Natividad Mutumbajoy, Libia guamanga, Eusebia Yanangona, taita Jose Becerra Investigação, texto dramatúrgico Véronik Picard Tradução Elisabet Ràfols (francês, inglês, espanhol) Cleo da Fonseca (português) Direção administrativa Kimberly Guillaume Booking Carcajou Productions

Nigamon/Tunai é uma produção de Productions ONISHKA em coprodução com o Festival TransAmériques e em colaboração com o Espace GO.
Nigamon/Tunai é apoiado pela National Arts Centre's National Creation Fund e a Cole Foundation.

A apresentação deste espetáculo em Portugal conta com o apoio do Conseil des arts et des lettres du Québec.

Émilie Monnet

Émilie Monnet é uma encenadora, escritora e atriz cujo trabalho está ancorado em processos criativos interdisciplinares e inclusivos. Fundou a ONISHKA em 2011 para cimentar conexões artísticas na interseção do teatro com a performance art e as artes-média. E também para gerar conversas enriquecedoras entre artistas indígenas provenientes de todas as disciplinas e comunidades. Palavra em Anishinaabemowin para “acordar”, ONISHKA está enraizada na ideia de que a criação artística é um catalisador para a transformação social e tem a capacidade de...

Waira Nina

Waira Nina é uma artista interdisciplinar, escritora e conselheira de política cultural para a nação Inga na região de Caquetá, na Amazónia colombiana. É herdeira das cerimónias tradicionais Ambiwaska, que lhe foram ensinadas por avós e detém um amplo conhecimento que tem contribuído para o reconhecimento oficial dos territórios Inga. É também coordenadora de comunicação e cultura da associação Tandachiridu Inganokuna e é conselheira nos processos educacionais da Escola Yachaikury. Como líder, tem trabalhado para o reconhecimento da riqueza...

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