Práticas matinais abertas
Piny
- Artistas em residência
- Candidaturas
- Espaço Alkantara
- 13, 14, 20, 21 de maio
- 9h30 - 11h00
Inscrições encerradas
Piny e as intérpretes do projeto G.rito em residência no estúdio do Espaço Alkantara até 23 de maio, partilham as suas práticas matinais com quem quiser participar.
As práticas vão seguir o fluxo natural da residência, com o que for necessário para a preparação das intérpretes a cada dia. É essa verdade que a equipa artística do projeto se dispõem a partilhar.
Temos entre nós em comum danças vividas entre a rua, o palco e uma cultura clubbing. O Vogue, o House, Breakdance, a cultura orientalista a que fugimos mas nos agarra nas danças MENAHT, o Transe, os orixás e tradições portuguesas que procuramos em tempos de enraizamento em territórios múltiplos que nos constroem.
Também temos uma aproximação ao movimento como forma de transcender o corpo físico, conectado a rituais espirituais concretos ou aos que encontramos numa battle ou numa cypher. E estes espaços, que são tão contemporâneos quanto remotos, evocam celebrações, rituais, transcendência, espiritualidade, competição e exibição. Num tempo em que nos pedem solidão.
E nesse mesmo trabalho de pesquisa, questionamos esses espaços em relação a um espaço formal de apresentação. Qual poderá ser a performatividade de um ritual, o que muda se existir uma audiência e como integrar a audiência como parte dele? Deixa de ser.
A máquina e o tambor. A amplificação e o silêncio.
Muda o tempo.
O corpo é sempre um corpo, às vezes só deixa de nos pertencer. Evade-se.
Sentir o singular e o coletivo, nalguns limites de contacto dos nossos corpos físicos, como se relacionam com os limites geográficos, a proximidade e a distância. Quais são as diferentes percepções que a conexão e o toque podem despertar e o medo que o desconhecido potencialmente traz e as consequências do medo para a separação de pessoas e territórios.
O que nos aproxima e o que nos afasta. Como o corpo vive palavras como tolerar, aceitar, compreender, apropriar, integrar. Como sermos um nos traumas que nos ocupam?
Piny
Criação Piny Interpretação Adrielle ‘Nala’, Piny, Lúcia Afonso, Leo Orchidaceae, Aina Lanas, Catarina Ribeiro, Maria Antunes (participação em residência de Vânia Vaz Doutel e Julianne Casabalis). Sonoplastia Carincur, Leo Orchidaceae Design de iluminação Carolina Caramelo Produção Joana Costa Santos Coprodução Teatro Municipal do Porto / DDD - Festival Dias da Dança, Centro Cultural de Belém Apoios DGartes, Bolsa O Espaço do Tempo e La Caixa Residências Artísticas Teatro Municipal do Porto - Teatro do Campo Alegre, O Espaço do Tempo, Alkantara
Nota Biográfica
PINY nasceu em Lisboa, filha de pais Angolanos. Iniciou aulas de Danças do Médio Oriente em 1999 e em 2003 o foco passa a ser partilhado com a cultura Hip Hop. Terminou a licenciatura em Arquitetura e depois em Dança e formou em 2012 o coletivo Orchidaceae, onde procura um espaço comum para Danças de rua, Clubbing, Dança Contemporânea e Fusion Belly Dance. Como intérprete de dança contemporânea trabalhou com Filipa Francisco, Tiago Guedes, Victor Hugo Pontes, Ricardo Ambrózio, Tânia Carvalho, Cristina Planas Leitão e Marco da Silva Ferreira. Apresentou a sua primeira criação *Corpo (i)lógico*, Criadores Emergentes - 2011 e desde então cria para o coletivo Orchidaceae. Destaca também a peça *Periférico* de Vhils para a BoCA Bienal, onde a cultura Hip Hop é o foco. Em 2019 estreia *HIP. a pussy point of view*. Atualmente prepara a sua nova criação *.G Rito*. Leciona desde 2006 e desde 2014 internacionalmente, o que permite também estar sempre em aprendizagem. Acredita em muitas coisas que não se vêem e outras mais.