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Quarta-Feira: O tempo das cerejas

Cláudia Dias

ALKANARA - Quarta-Feira: O tempo das cerejas - ©Bruno Simão
@ Bruno Simão
  • 26.05 2021
  • Sete Anos Sete Peças
  • Teatro São Luiz - Sala Luis Miguel Cintra

Em Quarta-Feira: O tempo das cerejas, o terceiro episódio do ciclo Sete Anos Sete Peças, Cláudia Dias partilha o palco com Igor Gandra, diretor artístico do Teatro de Ferro. O cenário é um enorme buraco no meio de placas de gesso laminado, como se uma bola de ferro gigante tivesse caído ali. Ao construir o espaço cénico com o mesmo material usado em milhares de casas portuguesas, para se começar a desconstruir, Cláudia Dias e Igor Gandra fazem uma ligação direta a tudo o que é varrido para baixo do tapete ocidental. Apesar de os bombardeamentos aéreos por parte de forças militares europeias serem hoje facilmente visionáveis na Internet ou na TV, a ligação entre os nossos lares e as crateras abertas por mísseis noutro lado do mundo não é tão visível assim. Este buraco negro alude a essa relação causal por esclarecer. Não se trata apenas de mostrar a responsabilidade das sociais-democracias europeias nos massacres que estão a ocorrer agora no resto do mundo. O olho negro no meio do chão é uma imagem de sinal negativo que nos revela o que está por fazer.

No Teatro São Luiz, Cláudia Dias apresenta os cinco espetáculos do seu projeto Sete Anos Sete Peças, iniciado em 2016. Cada espetáculo, concebido com um parceiro ou parceira artística diferente, leva o nome de um dos dias da semana, seguido de um subtítulo, e faz a ligação entre artistas, pensadores, países e cidades, passado, futuro e presente, arte e ação política. O todo é maior que a soma das partes. Seguir cada peça e acompanhar a sequência é uma experiência diferente de ver cada uma delas, isolada ou alternadamente. Cinco peças mais uma, essa formada pelo todo; ou ainda inúmeras outras, resultantes das várias combinações possíveis e da coleção particular que cada um queira e possa fazer. No São Luiz, os espetáculos complementam-se com um ciclo de conversas e uma oficina do ilustrador António Jorge Gonçalves, responsável pelo desenho e grafismo dos livros deste projeto.

Conversas Dias Úteis – A arte do fim

Moderadoras: Catarina Pires e Raquel Lima

Artista: Igor Gandra

Convidados: Ricardo Paes Mamede e Gaia Giuliani

Quarta-feira põe passado e futuro em confronto, debaixo da terra/palco, onde os artistas mineiros, operários, escavadores, arqueólogos, sabe-se lá, escavam o passado e projetam o que poderia ser um futuro que muitos têm dificuldade de imaginar. Entre o fim do mundo e o fim do capitalismo, há dúvidas sobre a escolha a fazer? Parecendo que não, há. Porquê? É isso que vamos tentar perceber, ao mesmo tempo que questionamos o papel da arte e dos artistas no imaginar – e desenhar – desse futuro, com o artista Igor Gandra e as pessoas convidadas.

Direção artística Cláudia Dias Artista Convidado Igor Gandra Intérpretes Cláudia Dias e Igor Gandra Assistente Técnico e Artístico Karas Cenário e Marionetas Igor Gandra e Cláudia Dias Realização plástica Eduardo Mendes Oficina de Construção Igor Gandra, Cláudia Dias, Karas, Eduardo Mendes, Daniela Gomes e Nádia Soares Desenho de Luz e Direção Técnica Nuno Borda de Água Acompanhamento Crítico Jorge Louraço Figueira Produção Alkantara Coprodução Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto, Centro Cultural Vila Flor Residências Artísticas Teatro Municipal do Porto, Teatro de Ferro, Companhia de Dança de Almada, Centro de Experimentação Artística do Vale da Amoreira

Cláudia Dias

Cláudia Dias nasceu em Lisboa, em 1972. É coreógrafa, performer e professora. Concluiu o Mestrado em Artes Cénicas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa e formou-se em dança na Academia Almadense. Continuou os seus estudos como bolseira na Companhia de Dança de Lisboa e concluiu o Curso de Formação de Intérpretes de Dança Contemporânea, promovido pelo Fórum Dança. Iniciou o seu trabalho como intérprete no Grupo de Dança de Almada. Integrou o coletivo Ninho de Víboras. Colaborou com a Re.Al tendo sido uma intérprete...

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