
Juão Nÿn
Juão Nÿn é multiartista: atua na performance, no teatro, no cinema e na música. Potyguar/a — potiguar porque nasceu no Rio Grande do Norte e Potyguara de etnia indígena —, 36 anos, militante do movimento indígena do RN, integrante do Coletivo Estopô Balaio de Criação, Memória e Narrativa e vocalista/compositor da banda Androide Sem Par. Formado em Licenciatura em Teatro pela UFRN, está há onze anos em trânsito entre Natal e São Paulo e faz parte do corpo docente da ELT - Escola Livre de Teatro de Santo André. Como ator migrante, montou “A Cidade dos Rios Invisíveis” em 2014, 3º peça da “Trilogia das Águas”, dirigida por João Batista Júnior, em residência artística no Jardim Romano. Em 2019, completaram 100 apresentações da obra com 5 temporadas, e receberam o Prêmio SHELL 2019 na categoria Inovação. Também atuou no filme “FOME” (2015) de Cristiano Burlan, contracenando com o ator e ex-crítico de cinema Jean Claude Bernadet, e no filme "A Moça do Calendário" (2016), dirigido por Helena Ignez. Dirigiu inúmeras peças e está atualmente a criar uma série de 7 performances sobre ancestralidade e identidade indígena, com duas já executadas em Natal/RN e São Paulo/SP: “BROTAREMOS DA DESSERTIFICAÇÃO” e “CONTRAXAWARA – Deus das Doenças – Troca Injusta”, esta última com mais de 30 apresentações pelo país. Em 2020, lançou o seu primeiro livro, “TYBYRA - Uma tragédia Indígena Brasileira”. De 2022 a 2024, foi formador no núcleo de pesquisa “TEATRO CONTRACOLONYAL - O Ymagynáryo como Terrytóryo” da ELT, onde desenvolveu a pesquisa “YNDÝGENAS DE ÉPOCA”. Em 2024, foi homenageado como Artista do Ano no Prêmio Hangar, maior prémio de música do Rio Grande do Norte, e estreou o espetáculo Teatral “TYBYRA”, baseado no próprio livro, em 5 aldeias Indígenas de SP e com 20 datas esgotadas no Sesc Av. Paulista. O seu 1.° álbum solo todo em Tupi, intitulado “NHE'ÉTIMBÓ - Voz, fumaça de corpo” foi indicado a álbum do ano no Prêmio Hangar 2025.