CROMA

Para Kilombo a dupla de performares Venga Venga propõem a performance CROMA.

Criado sob um hibridismo entre as linguagens da performance, poesia, música e teatro, CROMA é um espetáculo consiste na criação paisagens sonoras imprevisíveis, durante uma expressão cénica onde os performers encarnam figuras arquetípicas que vão se modificando e se camuflando a partir do ambiente, itens que compõem espaço cênico, que ao longo do espetáculo são incorporados pelos performers simbolizando suas transformações. CROMA são nuances cromáticas em degradê: de cores, de sons, de luzes, de sensações.

Como numa jornada de mapear suas próprias referências durante o espectáculo, os artistas trazem também à tona sua condição como artistas brasileiros, queers, migrantes, seu nomadismo, suas vivências globais e os anseios refletidos durante a experiência de confinamento na pandemia que vivemos hoje.

Artistas que migraram no início de 2019 de um Brasil devastado pelas crises políticas e sociais, com avanço opressivo de grupos conservadores, violência e homofobia que limitam drasticamente os espaços de expressão. A migração para Portugal traz consigo a denúncia do que se passa no Brasil para o contexto europeu, na necessidade também de catalisar manifestações queers portuguesas e européias, contribuindo com a discussão da teoria queer que passa também a evidenciar as questões de gênero e sexualidades como inseparáveis da história pós/neocolonial do Ocidente (racismo, imigração, imperialismo).

Os artistas mostram seu patchwork identitário e convidam a audiência a encontrar suas próprias identidades e memórias.