Começa o Common LAB 2024
Primeira paragem: Lisboa
- 17.06 — 30.06 2024
- Espaço Alkantara
Este ano, o laboratório itinerante do Common Stories arranca em Lisboa arranca em Lisboa e vai reunir nove artistas emergentes das artes do espetáculo, cujas carreiras ou campos de exploração tocam em questões de diversidade: Azani V. Ebengou, Pankaj Tiwari, Jin Xuan Mao, Nadim Bahsoun, Avildseen Bheekhoo, Diego Bragà, Agathe Yamina Meziani, Lucía García Pullés e Inés Sibylle Vooduness. Ao longo de oito semanas, o Common LAB estará em três locais na Europa - Lisboa, Bobigny e Bruxelas - e em Maputo, Moçambique.
Na sequência da candidatura aberta de novembro de 2023, foi selecionado um grupo de nove artistas que estará a trabalhar no estúdio do Espaço Alkantara entre os dias 17 e 30 de junho, acompanhado pela coreógrafa Sonya Lindfors e pela dramaturga Keli Freitas.
[Formação com Sonya Lindfors]
Trabalhar com F(r)icções – Práticas Decoloniais e Especulativas
As ficções e fricções, as necessidades e desejos, as esperanças e os sonhos criados por artistas em tempos de múltiplas crises! O workshop é composto por duas partes. A primeira foca-se em dinâmicas de grupo e na chegada ao processo que se segue – conhecer as pessoas, criar formas e orientações para trabalhar e comunicar num grupo interseccional e diverso. Quais são as necessidades e sonhos das pessoas participantes? O que precisam elas para poderem trabalhar? Como é que se pode criar esse espaço? Na segunda parte da formação, irão ser aprofundados tópicos relacionados com as práticas decoloniais e especulativas e as possibilidades do palco como máquina de fazer milagres. Durante estes dias, o grupo irá discutir, mover, escrever e sonhar – em conjunto.
[Formação com Keli Freitas]
Desejo como Documento
Keli Freitas irá partilhar algumas das experiências e questões que premeiam a sua investigação e interesses enquanto criadora de teatro, tais como a escrita quotidiana de pessoas comuns, o trabalho com documentos pessoais, narrativas autobiográficas disruptivas e o poder de acontecimentos aparentemente sem importância na macroesfera dos gestos inventivos.
Depois de Lisboa, o laboratório segue caminho até Maputo (de 2 a 15 de setembro, Culturarte Mozambique), Bobigny (de 14 a 27 de outubro, MC93) e Bruxelas (de 28 de outubro a 10 de novembro, Théâtre National Wallonie-Bruxelles).
Sonya Lindfors é uma coreógrafa e diretora artística premiada, dos Camarões e Finlândia, que também trabalha com facilitação, organização comunitária e educação. Em todo o seu trabalho, Lindfors tem como objetivo abanar e desafiar as estruturas de poder existentes, penetrar na sociedade e dar poder à comunidade.
Keli Freitas é uma dramaturga, teatróloga e atriz brasileira, radicada em Portugal. Colecionadora de cartas escritas por pessoas anónimas, dedica-se a desenvolver trabalhos autorais a partir de escritos ditos comuns, como o projeto Carimbaria. Das suas criações recentes destacam-se “Outra Língua” (2022) e “Take my breath away” (2023).