O In Ex(ile) Lab chegou ao fim
Durante os dois últimos anos, o laboratório apoiou o trabalho de 12 artistas em exílio:
Eisa Baddour, Emmanuel Ndefo, Francisco Thiago Cavalcanti, Irkalla, Keyla Brasil, Letícia Simões, Liryc Dela Cruz, Maryam Malmir, Mo, Nina Itova, Pinky Htut Aung e Polina Chebanu foram as pessoas selecionadas através de uma open call, e que partilharam as suas investigações em debates individuais, apresentações públicas e palestras organizadas no Chipre, França, Itália e Portugal.
Uma parte importante do diálogo girou em torno do que podem as instituições culturais proporcionar para o desenvolvimento destes trabalhos e, de um modo mais geral, qual é o papel das organizações culturais na criação de espaço para artistas em exílio. Ficámos a conhecer as suas preocupações — tanto sociais como políticas — e a forma como podemos começar a lidar com elas. No In Ex(ile) Lab Toolkit podes ler mais sobre esta aprendizagem, e no Catálogo Digital conhecer melhor todos os nomes e respectivos projetos desta edição.
Destacamos ainda que foi a partir deste In Ex(ile) Lab que surgiu a colaboração artística entre o Alkantara e Francisco Thiago Cavalcanti, que irá estrear 52blue no Teatro do Bairro Alto, no dia 23 de novembro, no âmbito do Alkantara Festival 2024. O coreógrafo brasileiro, agora residente em Portugal, está, em paralelo com 52blue, a desenvolver CANTAR que continua a reflexão sobre os temas do deslocamento, exílio, sobrevivência e resistência de 52blue e que tem estreia marcada para 2025, no Alkantara Festival. Ambos os espetáculos são produzidos pelo Alkantara.
O In Ex(ile) Lab é um laboratório com duração de dois anos que visa apoiar artistas no exílio recentemente deslocados e que procuram construir uma carreira no seu país de acolhimento, proporcionando-lhes oportunidades para criarem um espetáculo, construírem uma rede profissional, serem aconselhados artisticamente por artistas estabelecidos na Europa e alcançarem novos públicos no espaço europeu. Ao fazê-lo, o projeto proporcionará um quadro para as organizações culturais repensarem as suas práticas e adaptarem os seus instrumentos às necessidades dos artistas no exílio. O projeto é liderado pelo atelier des artistes en exile, desenvolvido e implementado com o Alkantara, Visual Voices e Santarcangelo Festival.
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