Ir para o conteúdo

Conteúdo principal

Terra Batida em residência no Espaço Alkantara

ALKANARA - Terra Batida em residência no Espaço Alkantara - ©
  • 02.06 — 08.06 2025

Terra Batida é uma plataforma de estudo e criação coletiva dedicada às interseções entre as artes performativas e a ecologia. Em 2024-25, o programa de residências e pesquisa dedica-se ao pensamento indígena contemporâneo e às relações históricas entre Portugal e o Brasil, com foco sobre as políticas institucionais de desaparecimento, conservação e memória que atravessam e conectam os dois países.

Entre 26 de maio e 8 de junho, terá lugar uma etapa de residências e encontros com o acolhimento das artistas Olinda Tupinambá, Lilly Baniwa e Ziel Karapotó, em diálogo com os acervos museológicos do Museu Nacional de Etnologia, o Museu Nacional de História Natural e da Ciência e o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, Torre do Tombo, entre outros.

No dia 31 de maio, às 18h, no Espaço Parasita, haverá uma conversa pública, um momento de abertura do processo da residência e partilha das primeiras impressões, com Lilly Baniwa, Olinda Tupinambá e Ziel Karapotó, residentes convidados para esta primeira fase. No Espaço Alkantara, a residência artística tem lugar entre os dias 2 e 8 de junho.

Terra Batida é uma rede de pessoas, práticas e saberes em disputa com formas de violência ecológica e políticas de abandono, coordenada por Ritó Natálio desde 2020. Anualmente, são organizados programas de residência artística para que artistas, cientistas e ativistas se cruzem no acompanhamento de conflitos socioambientais. Destes programas, emergem pesquisas e propostas artísticas compartilhadas publicamente através de conversas, performances, experiências, textos, caminhadas, etc. Com uma metodologia que entrelaça a arte baseada na investigação, a co-criação comunitária e o diálogo público, a Terra Batida promove o envolvimento local e o mapeamento das lutas ecológicas, cultivando sensibilidades e imaginários políticos alternativos que abordam tanto os direitos humanos como os direitos da natureza.

Ficha Artística

Um programa Terra Batida Com Olinda Yawar Tupinambá, Ziel Karapotó e Lilly Baniwa Pesquisa curatorial (2024) Ellen Pirá Wassu, Ritó Natálio Diálogos António Gouveia, Associação Batoto Yetu Portugal, Carla Coimbra, Karen Shiratori, Museu Nacional de Etnologia, Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, Torre do Tombo Apoio à documentação Ian Capillé e Violena Ampudia Coordenação Ritó Natálio Produção executiva Laila Algaves Nuñez / Associação Parasita Gestão administrativa Lysandra Domingues / Associação Parasita Coprodução Alkantara Festival, Galerias Municipais / EGEAC Apoios e parcerias ECO - Animais e Plantas em Produções Culturais sobre a Bacia Amazónica, EDGES – Entangling Indigenous Knowledges in Universities

Lilly Baniwa

Lilly Baniwa é atriz, performer e investigadora indígena de Artes Cênicas na Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP. Dentre os seus últimos projetos, destaca-se o vídeo performance manifesto Lithipokoroda, como realizadora, e a Oficina Performatividades Identitárias, ambos contemplados pela Lei Aldir Blanc/Amazonas e desenvolvidos no município de São Gabriel da Cachoeira. Como atriz-criadora, destacam-se, ainda, o espetáculo-filme WHAA - Nós, entre ela e eu (2022) e o espetáculo Antes do tempo existir.

Ziel Karapotó

Ziel Karapotó é indígena da etnia Karapotó, da comunidade Terra Nova. Atua desde o ano de 2012 no campo das artes visuais, performance, instalação, curadoria, arte-educação e audiovisual. É formado em Artes Visuais na Universidade Federal de Pernambuco – UFPE e é investigador visitante no IHAC/UFBA. Nas suas pesquisas, aborda as poéticas indígenas, configurações identitárias e o racismo sobre as etnicidades originárias, em especial sobre os povos indígenas no Nordeste. Acredita na arte e na ciência dos seus ancestrais e do seu corpo-espírito como...

Olinda Tupinambá

Olinda Tupinambá é indígena do povo Tupinambá e Pataxó Hãhãhãe, jornalista, curadora, performance, cineasta e ativista ambiental. O artivismo estético e político do trabalho de Olinda rompe com os estereótipos e o racismo que pairam sobre os povos indígenas. O seu trabalho ocupa as telas para ecoar as vozes da ancestralidade, que denunciam a opressão e demarcam a existência dos povos indígenas. Olinda evidencia que os indígenas são contemporâneos, vivendo no tempo presente, buscando referências no passado indígena para ressignificar e atualizar.

Ritó Natálio

Artista e investigador. Os seus espaços de prática combinam a escrita ensaística e a performance, seja na criação, no ensino, na investigação ou na organização de programas públicos. Tem organizado uma série de palestras-performances dedicadas à relação entre linguagem e geologia, apresentadas internacionalmente em diversos espaços artísticos, teatros e contextos académicos: Antropocenas (2017) com João dos Santos Martins, Geofagia (2018), e Fóssil (2020). Numa das suas criações mais recentes — Spillovers (2023) — propõe uma reinterpretação...

Voltar ao início
This website is using cookies to provide a good browsing experience

These include essential cookies that are necessary for the operation of the site, as well as others that are used only for anonymous statistical purposes, for comfort settings or to display personalized content. You can decide for yourself which categories you want to allow. Please note that based on your settings, not all functions of the website may be available.

This website is using cookies to provide a good browsing experience

These include essential cookies that are necessary for the operation of the site, as well as others that are used only for anonymous statistical purposes, for comfort settings or to display personalized content. You can decide for yourself which categories you want to allow. Please note that based on your settings, not all functions of the website may be available.

Your cookie preferences have been saved.