Tiran Willemse
blackmilk
- 15.11 — 16.11 2025
- Espetáculos / Performances
- Carpintarias de São Lázaro
- 5€
- M/6
- 1H10
A “melancolia masculina negra” como alternativa à cultura de imagens estereotipadas.
blackmilk, solo de e com Tiran Willemse, funde os movimentos coreografados das trompoppies — majoretes africânderes em uniforme — com os gestos melodramáticos das estrelas femininas brancas e a expressividade física dos ícones do rap negro e masculino. A partir deste repertório de formas corporais mainstream — ora rígidas, ora exuberantes, ora sensuais — blackmilk intervém na representação de masculinidades negras, confrontando estereótipos e propondo zonas de ambiguidade.
Num ambiente sonoro intenso, entre o rap e o pop, Willemse mergulha nas zonas cinzentas da identidade — onde os corpos escapam às categorias visíveis — e dá forma a uma sensibilidade a que chama “melancolia masculina negra”: um estado com mais possibilidades e multiplicidade, onde convivem força e vulnerabilidade, disciplina e excesso.
blackmilk é a primeira parte de uma investigação coreográfica e política sobre afeto, disciplina, performatividade e identidade.
Ficha Artística
Conceito, direção artística, performance Tiran Willemse Desenho de luz Fudetani Ryoya Música Manuel Riegler Figurino LML studio Berlin Produção Paelden Tamnyen, Rabea Grand Produção em digressão Eva Cabañas Distribuição Tristan Barani Coprodução Sophiensaele Berlin, Tanzquartier Wien, Gessnerallee Zürich, WP Zimmer Antwerp Apoio residências Tanzhaus Zurich, Buda Kortrijk, Les Urbaines Lausanne, Impulstanz Vienna, Trauma Bar e Kino Berlin
Adiciona ao calendário

O bailarino e coreógrafo sul-africano Tiran Willemse, residente em Zurique, estudou na P.A.R.T.S em Bruxelas e na Universidade de Artes de Berna (HKB). A sua prática baseada na performance explora a profundidade física e emocional do corpo, utilizando técnicas sonoras e visuais para criar paisagens somáticas e psicológicas além da condição humana. Tiran trabalhou e colaborou com coreógrafos como Trajal Harrell, Jérôme Bel, Wu-Tsang, Ligia Lewis, Meg Stuart, Andros Zins-Browne, Eszter Salamon e Deborah Hay. Em 2022, ganhou o Prix Suisse de la Performance.