Cláudia Dias
Antestreia de 'Sexta-feira'
- 01.11 2020
- Sete Anos Sete Peças
- Antestreia
- O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo)
- evento apenas para pessoas convidadas
- A classificar pela CCE
- 60 min
- Em Português
Em outubro, Cláudia Dias inicia a última residência de criação de Sexta-feira: O fim do mundo... Ou então não, no Espaço do Tempo em Montemor-o-Novo. A peça apresenta-se em ante-estreia em na Blackbox do Espaço do Tempo no dia 6 de novembro de 2020, e estreia no Alkantara Festival 2020, no Teatro Nacional D. Maria II.
Sexta-feira é o último dos dias úteis do ciclo Sete Anos Sete Peças. Esta peça fecha um ciclo menor dentro de um ciclo maior. A seguir vem o fim-de-semana, Sábado e Domingo. A semana é inglesa. Mais ou menos: quem saberá contar as horas de trabalho dedicadas a este projeto? Imaginar os dias de descanso tornou-se um luxo. O valor do trabalho evapora-se com o ar de fim dos tempos que assombra o mundo. A ideia de fim do mundo ameaça paralisar a ação e o pensamento. Pior ainda, a ideia de fim da história faz acelerar a corrida para decidir quem será a última pessoa, quem entra e quem fica de fora da barca da história. Mas a história ainda se move, o tempo ainda avança, inexorável. Em 1947, alguns dos cientistas do Projeto Manhattan, que tinham acabado de inventar a bomba atómica, criaram, em resposta aos massacres de Hiroshima e Nagasaki e como alerta para a iminência do desterro nuclear, um relógio do fim do mundo, que marca o tempo que restaria para o apocalipse. Por exemplo, com a eleição de Trump, os ponteiros aproximaram-se mais da meia-noite. Nas contas entram a proliferação das armas nucleares, mas também as mudanças climáticas e a pandemia do Covid-19. Em 2020 estamos a 100 segundos da meia-noite simbólica. É o mais perto do fim que alguma vez o relógio marcou. Esta Sexta-feira, Cláudia Dias junta-se com os mais próximos para fechar a semana, imaginar o futuro imediato e passar a meia-noite. Talvez o fim deste mundo seja apenas o começo de um mundo novo.
Jorge Louraço Figueira
Direção artística e interpretação Cláudia Dias Texto Cláudia Dias com colaboração de Jorge Louraço Figueira Música e direção musical Vasco Vaz e Miguel Pedro Desenhos digitais António Jorge Gonçalves Direção Técnica e desenho de luz Nuno Borda de Água Vídeo Bruno Canas Fotografia Alípio Padilha Assistente Técnico e Artístico Karas Produção Alkantara Coprodução Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Municipal do Porto Residência de coprodução O Espaço do Tempo Apoio Companhia Olga Roriz, Pro.Dança
Cláudia Dias é artista associada do Espaço do Tempo.
Cláudia Dias nasceu em Lisboa, em 1972. É coreógrafa, performer e professora. Concluiu o Mestrado em Artes Cénicas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa e formou-se em dança na Academia Almadense. Continuou os seus estudos como bolseira na Companhia de Dança de Lisboa e concluiu o Curso de Formação de Intérpretes de Dança Contemporânea, promovido pelo Fórum Dança. Iniciou o seu trabalho como intérprete no Grupo de Dança de Almada. Integrou o coletivo Ninho de Víboras. Colaborou com a Re.Al tendo sido uma intérprete...