Nadia Beugré
L'Homme rare
- 26.11 — 27.11 2020
- Estreia nacional
- M/16
- 60 min
Em L'Homme rare [O Homem raro], Nadia Beugré explora o constrangimento que surge quando os homens se movem de formas que são percecionadas como "femininas", como se sacudir as nádegas ou balançar os quadris colocasse em risco a sua masculinidade duramente conquistada. Cinco homens, com formação em diferentes estilos de dança, mostram-se apenas de costas, ondulando juntos ou explorando movimentos individuais. Encarando com frontalidade questões de género e de raça, Beugré dirige uma coreografia marcante que desafia a forma como olhamos os corpos.
Esta é a primeira vez que o trabalho de Nadia Beugré é apresentado em Portugal.
Raquel Lima conversa com Nadia Beugré
Criação e coreografia Nadia Beugré Intérpretes Lucas Nicot, Daouda Keita, Nadim Bahsoun, Christian Kossa, Eric Nebie Luzes e direção técnica Anthony Merlaud Olhar exterior Faustin Linyekula Produção Studios Kabako/Virginie Dupray com o apoio de Latitudes Contemporaines Coprodução Kunstenfestivaldesarts, Théâtre de la Ville/Festival d’Automne à Paris, Montpellier Danse, CCN2 - Centre Chorégraphique National de Grenoble, Centro Chorégraphique National d’Orléans, Kunstencentrum Vooruit, Musée de la Danse/Centre Chorégraphique National de Rennes et de Bretagne, BIT Teater garasjen Apoio L’échangeur CDCN Hauts-de France (Studio Libre)
Nadia Beugré (Abidjan, 1981) dá os seus primeiros passos na dança na companhia Dante Théâtre em Abidjan, onde explora as danças tradicionais da Costa do Marfim. Em 1997, é fundadora, com Béatrice Kombé, da premiada companhia de dança Tché Tché. Estuda coreografia na École des Sables de Germaine Acogny (Senegal) e no Centro Coreográfico de Montpellier, com direção de Mathilde Monnier. Neste período cria os solos Un espace Vide: Moi (2008) e Quartiers Libres (2009). Seguem-se as criações para grupo Legacy (2015), Tapis Rouge (2017) e Roukasskass Club (2018), apresentadas, entre outros, no Festival d’Automne em Paris ou no Holland Festival em Amesterdão. Enquanto intérprete, colabora com Seydou Boro, Alain Buffard, Dorothée Munyaneza, Boris Charmatz, Bernardo Montet e Faustin Linyekula. É artista associada do Vooruit (Gent) até 2021.
Nadim Bahsoun (Beirute, 1986) estudou Economia e Artes Cénicas na Universidade de Nice-Sophia Antipolis e Dança na ESDC Rosella Hightower, em Cannes. Participou no programa intensivo de verão na PARTS, em Bruxelas. Colaborou com coreógrafos como Blanca Li, Nancy Naous e Radhouane El Meddeb. Integrou a peça de Fouad Boussouf, Oüm, em 2020. Atuou em vários filmes independentes no Egito e em França, como Sous le ciel d’Alice, de Chloé Mazlo, com Wajdi Mouawad e Alba Rohrwacher (2019), ou Shall I Compare You to a Summer’s Day, de Mohammad Shawky Hassan.
Daouda Keita (Mali, 1984) estudou dança no Conservatório de Artes e Multimídia Fasséke Kouyaté. O seu primeiro solo, He Allah (2012), foi apresentado no Festival Dense Bamako Danse, no Mali, na Tunísia e Gotemburgo. Em 2014, recebeu o apoio do Instituto Francês e da La Briqueterie / CDC Val-de-Marne para desenvolver o seu solo Moi, Daouda Keita?. Fundou a empresa Famu Danse em Bamako, em 2017. Atualmente, está a trabalhar no projeto de pesquisa, treino e criação Parole de Corps sobre as excecionais habilidades de movimento de pessoas surdas. É membro fundador da cooperativa de artistas do Mali Le fil.
Lucas Nicot é um artista multidisciplinar autodidata de Montpellier. Formou-se em Cinema e estudou Educação, enquanto iniciava a sua carreira como beatboxer na Oz Corporation. Compôs música para dança e circo. Como MECAVOLIC, lançou em 2018 o seu álbum de estreia, Triangle, e desde então tem-se apresentado em festivais de música por toda a França. Em 2017, juntou-se à Cosmyte, com quem viajou pela Índia, Rússia, China e Suíça. Mixou e desenhou a arte do álbum Live in Goa (2018).
Nadia Beugré (1981, Abidjan) dá os seus primeiros passos na dança na companhia Dante Théâtre em Abidjan, onde explora as danças tradicionais da Costa do Marfim. Em 1997, é fundadora, com Béatrice Kombé, da premiada companhia de dança Tché Tché. Estuda coreografia na École des Sables de Germaine Acogny (Senegal) e no Centro Coreográfico de Montpellier, com direcção de Mathilde Monnier. Neste período cria os solos Un espace Vide: Moi (2008) e Quartiers Libres (2009). Seguem-se as criações para grupo Legacy (2015), Tapis Rouge (2017) e Roukasskass Club...