Sorour Darabi
Farci.e
- 19.11 — 21.11 2020
- Estreia nacional
- M/16
- 45 min
- Sessões Esgotadas
Em farsi, a língua persa, não existe distinção entre 'ela' e 'ele'. Em francês, como em português, tudo é ou masculino ou feminino. Para Sorour Darabi, artista e performer que se mudou do Irão para França para estudar dança, o desafio foi gritante. Como pode uma pessoa que não se identifica com um único género falar sobre identidade numa língua que obriga constantemente à separação entre masculino e feminino?
O palco está preparado para uma conferência, mas este monólogo quase não tem palavras. O discurso é uma prova física, e é no movimento que Darabi encontra uma linguagem própria, de resistência.
Esta é a primeira vez que Sorour Darabi apresenta o seu trabalho em Portugal.
Raquel Lima conversa com Sorour Darabi
Conceção, coreografia e performance Sorour Darabi Desenho de luz Yannick Fouassier Operação de luz Jean-Marc Ségalen Olhar exterior Mathieu Bouvier Produção Météores Coprodução Festival Montpellier Danse, ICI-CCN Montpellier Occitanie/Pyrénées Méditerranée Com apoio de CN D Centre National de la Danse (Pantin), Honolulu (Nantes), Théâtre de Vanves Agradecimentos Loïc Touzé, Raïssa Kim, Florence Diry, Pauline Brun, Jule Flierl, Clair.e Olivelli, Zar Amir Ebrahimi, Charlotte Giteau, Sandrine Barrasso
Sorour Darabi é artista autodidata do Irão. Vive e trabalha entre Paris e Berlim. Antes de se mudar para França, Darabi era ativista e membro da associação ICCD que organiza o Untimely Festival em Teerão onde atuou várias vezes. Em 2016, na sequência dos seus estudos em Coreografia no Centro Coreográfico Nacional de Montpelier, Darabi cria Farci.e. Em 2018 cria Savušun, que se inspira nas cerimónias de luto de Muharram, relacionando-se com a dor, o medo e o sofrimento. A sua próxima criação, Mowgli, é coproduzida pelo Alkantara e estreará no Tanzquartier (Viena) em dezembro. A produção dos seus projetos é assumida pela Météores.
Sorour Darabi, artista auto-didacta Iraniano residente em Paris. Trabalhou ativamente no Irão onde fez parte do colectivo underground The Invisible Centre of Contemporary Dance (ICCD) em Teerão, antes de partir para estudar no CCN, em Montpelier. Os seus trabalhos abordam geralmente questões de vulnerabilidade, língua, identidade de género e sexualidade. Na residência de três semanas no Espaço Alkantara irá dar inicio ao projeto Natural Drama.