Novos conhecimentos
Atividades práticas para profissionais
- 19.11 — 21.11 2021
- Teatro São Luiz - Sala Bernardo Sassetti
- Gratuito
- Inscrições encerradas
As atividades práticas do programa Dança sem Idade terão a duração de três dias completos e dirigem-se a profissionais de dança com mais de 40 anos. Têm como objetivo estabelecer um lugar de proximidade, de troca de experiências e trajetórias artísticas que visam a interação e criação de laços futuros.
Em cada dia, haverá uma proposta diferente de trabalho liderada por artistas presentes no festival -- Francisco Camacho, Nacera Belaza e Ali Chahrour -- que com as suas linguagens e práticas diferenciadas desejam contribuir para a ativação e renovação artísticas destes participantes.
As inscrições estão encerradas.
Nota biográficas
Ali Chahrour nasceu em Beirute, em 1989. Bailarino e coreógrafo, estudou teatro e dança na sua cidade natal e em várias escolas pela Europa. No seu trabalho explora a relação profunda entre o corpo e o movimento, e entre a tradição e a modernidade — inspirado pelo contexto político, social e religioso de Beirute, onde vive e trabalha.
Francisco Camacho é coreógrafo, bailarino, membro fundador e diretor artístico da EIRA. Estudou dança e teatro na Companhia Nacional de Bailado, no Ballet Gulbenkian e em Nova Iorque, no Merce Cunningham Dance Studio, Movement Research, Susan Klein School e Lee Strasberg Theatre Institute. Integra o movimento português de dança contemporânea que teve início no final da década de 80, apresentando-se desde essa altura pela Europa, América, África e Ásia. Vários dos seus solos são hoje obras de referência na história da Dança Portuguesa. Foi galardoado com o Prémio Bordalo, da Casa da Imprensa, e com o Prémio ACARTE/Maria Madalena de Azeredo Perdigão, da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi intérprete junto de nomes como Creach/Koester, Alain Platel, Carlota Lagido, Miguel Moreira e Filipa Francisco, e destaca a sua colaboração regular com Meg Stuart. Apresentou espectáculos de dança em co-autoria com Mónica Lapa, Vera Mantero, Carlota Lagido, Vera Mota e Sílvia Real, e co-criações com Fernanda Lapa e Miguel Abreu. Realizou intervenções coreográficas para uma obra de Pedro Cabrita Reis, no Museu de Arte Contemporânea de Bona, e para a exposição de Francis Bacon, no Museu de Serralves, a par dos projetos para espaços não-convencionais, Performers Anónimos e Danças Privadas. Ensina regularmente, em Portugal e no estrangeiro.
Nacera Belaza, nasceu em Medea, na Argélia, e vive em França desde a infância. Após ter estudado literatura, entra na Dança como auto-didata e cria uma companhia em nome próprio, onde a suas criações surgem como meio de expressão — para se pronunciar e deslindar a complexidade da sua dupla pertença cultural. Procura transformar a dança num mergulho de introspeção, explorando o movimento como um sopro apaziguador, profundo e contínuo, confrontando a perseverança, o rigor, despojando o “ruído ensurdecedor da existência”, interpretando o gesto à luz da sua utilidade inicial. Em França, apresentou-se no Festival d’Avignon, na Biennale de la Danse, em Lyon, ou no Festival de Marseille, com as suas criações a circularem por todo o mundo. Foi distinguida diversas vezes, tendo recebido do Ministério da Cultura francês o título de Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres e o Prix Chorégraphe (2017), da Société des Auteurs et Compositeurs Dramatique. Desde 2017, a Companhia Nacera Belaza detém o título CERNI - Compagnie et Ensemble à Rayonnement National et International, do governo francês. Nacera Belaza criou uma plataforma de cooperação na Argélia, que lhe permite trabalhar regularmente no seu pais de origem.
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