Irineu Destourelles
Tarantode no Espaço Urbano Desmemoriado
- 20.11 2021
- Conversa performance - Espaço Alkantara
- Vídeo-performance - Streaming at instagram.com/alkantaralisboa/
- Entrada livre (mediante reserva)
- M/12
- Vídeo-performance - 120 min | Conversa performance - 60 min
Nesta vídeo-performance transmitida em direto via Internet, seguida de uma conversa performance na Espaço Alkantara, o artista visual Irineu Destourelles reflete sobre a ausência ideológica e histórica dos corpos negros na cidade de Lisboa, contraposta à exacerbação da vídeo-vigilância e da punição.
A conversa performance, intitulada "Leituras dos desassossegos de Tarantode: performance", desenrola-se entre Irineu Destourelles e Gio Lourenço, do Teatro Griot, que irão refletir sobre desmemorização, violência, vigilância, e 'animalização' do corpo negro.
Dizem que Tarantode é a feia alma penada de João de Sá Panasco que anda pela nossa cidade sem segredo. Outrora, por desígnio real, nobre cavaleiro ao serviço da Ordem de Santiago. O "Preto da casa do Rei" com língua sanguinária e desdenhado pela corte. Morreu infeliz e só. Seguido à distância, Irineu Destoureles na pele de Tarantode, meio-pessoa, meio-animal, percorre Lisboa à procura de borboletas. Uma vídeo-performance transmitida em directo via internet.
— Irineu Destourelles
O uso de máscara é obrigatório dentro do Espaço Alkantara antes, durante e depois das sessões.
Esta proposta integra a rede Terra Batida, uma rede de pessoas, práticas e saberes em disputa com formas de violência ecológica e políticas de abandono e, que organiza, regularmente, programas de residência artística. Destourelles participou da residência em Lisboa com foco na cidade e nos trânsitos em diferentes escalas (centro/periferia, rural/urbano, nacional/internacional, passado/futuro, local/global).
Nota biográfica
Irineu Destourelles é um artista visual cuja prática artística é sublinhada por um tratamento especulativo do impacto da violência discursiva sobre a personalidade. Trabalhando predominantemente com a imagem em movimento e com particular atenção ao conceitos que constroem categorias sociais ele propõem estados de ser problemáticos. Os seus trabalhos tem sido apresentados no Museu Calouste Gulbenkian (Lisbon, 2019), MAMA Showroom (Rotterdam, 2019), Goodman Gallery (Cidade do Cabo, 2019), Transmission (Glasgow, 2017), Transmediale (Berlim, 2015), Videobrasil 18 (São Paulo, 2013) entre outros. Estudou Belas artes na Willem de Kooning Academy (Roterdão) e Central Saint Martins (London). Nascido em Santo Antão, Cabo Verde em 1974 e vive em Edimburgo, Reino Unido.
Gio Lourenço nasceu em 1987 em Luanda, Angola, e cresceu em Portugal. Fez o curso de Teatro e Animação na CERCICA. Foi bolseiro do Centro Nacional e Cultura para a formação em Dança e Performance no c.e.m.. É actor residente do Teatro GRIOT e membro da direção desde a sua formação (2009), tendo participado em peças encenadas por Zia Soares, Rogério de Carvalho, Nuno M Cardoso, Guilherme Mendonça, Bruno Bravo, António Pires, João Fiadeiro, Helder Costa e Paula Diogo. Como ator trabalhou também com os encenadores Rogério de Carvalho, Adriano Luz, José Carretas, Maria Amélia Videira e Genoveva Faísca. Foi actor convidado da Companhia de Teatro de Montemuro durante ano e meio. Em televisão participou em séries como “Equador”, “Inspector Max”, “Ele é Ela”. Participa, ainda, como bailarino em vários videoclips. No cinema, participou nas curta-metragens “Filmes e Telemóvel” de Adriano Luz, “Verdade Inconveniente” de Pedro Sebastião e Paulo Cuco, nos documentários “O Lugar que Ocupas”, realização de Pedro Filipe Marques, e “TEMPESTADES, Ensaio de um Ensaio” de Uli Decker, e na longa metragem, “A Ilha dos cães” de Jorge António. A sua performance “A Preta” foi exibida na 17º Bienal de Veneza.
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