Afropolitana - Afrodiáspora em Trânsito no Sair da Grande Noite
DIDI
- 25.11 2022
- Arroz Estúdios
- Entrada livre para pessoas associadas do Arroz Estúdios. Pessoas não associadas podem aderir ao Membership Arroz Estúdios na porta do evento por 3€ (valor anual)
- 23H - 5H
Uma intervenção cuirativa de DIDI para celebrar expressões artísticas afrodiaspóricas, por meio da festa e da história das representações artísticas e culturais como imagens, sons, sabores/saberes e ancestralidades.
Afropolitana é a África como o ponto de encontro de diferentes movimentos migratórios. “A partir da manutenção de suas culturas ancestrais, os territórios transitados e territórios simbólicos pela afrodiáspora, se tornam pólos de (re)existência africana – local de combate ao modelo de (cis)tema de sociedade global pautado em um colonialismo eurocêntrico - e, de outro modo, promoveram a expansão da ideia de movimentação da diáspora africana no mundo” (MBEMBE, 2018).“
AFROPOLITANA - A Festa - Afrodiáspora em Trânsito propõe reafirmar e propagar a temática das identidades afrodiaspóricas em territórios europeusna contemporaneidade, como forma de estratégia de artivismo negro, em que as expressões artísticas acionam lutas por emancipação política e cultural da pessoa negra e afrodescendente nos territórios da afrodiáspora.
Para a valorização do corpoexistência da pessoa afrodescendente, são fundamentais as lutas emancipatórias sob o viés do reconhecimento e da afirmação identitária. Estas lutas estão nos espaços de expressões artísticas, coletivas e de ritualidades como os terreiros de candomblé e quilombos incluem-se aí: samba, afoxés, bailes funk, kizomba, funana, kuduro, afro house, Azonto, Afrobeat, batalhas de hip hop e comunidade ballroom dentre outres.
Estes saberes/fazeres socioculturais e artísticos ofereceram e oferecem possibilidades para se pensar identidades em tempos globalizados, a sua função primordial é contribuir para o desenvolvimento de uma consciência ética e questionadora inserida numa realidade que é mascarada, silenciada e ou relativizada nos espaços de formação e prática sociocultural, educacional e política.
DIDI
Para fazer consigo a Afropolitana, DIDI convidou artistas antonyo omolu, Batukaderas Bandeirinha da Boba, Danykas DJ, Indi Mateta, Petra.Preta e ROD.
Haverá Cachupa para venda pela noite dentro.
PROGRAMA
Início - DIDI
23:00 - 23:30
Batukaderas Bandeirinha da Boba
23:30 -00:15
Antonyo Omolu - performance
00:15 - 0:30
Indi Mateta
00:30 -02:00
Danykas DJ
02:00- 03:45
DIDI
3:45 - 5:00
Di Candido aka DIDI, corpe afrocúir em trânsito por Brasil, UK e Portugal, que trabalha, persiste e resiste por meio da investigação, produção cultural e performance como DJ, cantore e artista visual/multidisciplinar. Idealizadore da unidade criativa em forma de festa Bee, The United Kingdom of Beeshas (bee_lx) nas Damas, uma das primeiras festas que trouxeram #blackqueermagic para o centro de Lisboa, movimenta-se em conexão com coletivos, artistas e fazedores de toda a diáspora em projetos culturais e indústrias criativas, na produção e atuação direta...
Sediado no Casal de São Braz no Concelho de Amadora em Lisboa, o grupo de batucadeiras Bandeirinha foi criado em 2016 por um conjunto de mulheres cabo-verdianas, empregadas domésticas, com o objetivo de construir um espaço de intimidade, cumplicidade e partilha, através do batuque, este género cultural cabo-verdiano, profundamente griótico na sua metodologia, onde a palavra é cantada, dançada, performada a partir da língua cabo-verdiana. O grupo define o seu espaço como um território de “respiração”, onde cada elemento pode aliviar os problemas da...
Artista híbrido que navega nas águas da antropologia teatral, enquanto pesquisador prático-reflexivo-teórico desta prática apresenta-se como ator-bailarino – definição cunhada por Eugênio Barba para delinear o perfil do artista que investiga e pratica o comportamento pré-expressivo do ser humano em situação de representação organizada -. No Brasil tem incursões de vivência e experiência na áreas da dança contemporânea, teatro, danças afro-brasileiras (danças dos orixás), grupos cénicos de cultura popular afro-brasileira, como congada de minas...
Nascida e criada em Lisboa, Portugal, o amor pela música sempre foi uma constante em sua vida, uma atmosfera sentida desde do início em sua casa. O espírito musical foi cultivado pelo seu pai e mãe, que pela palavra da mesma, são uma inteira enciclopédia de música Africana, Árabe, Latina e Portuguesa, permitindo-lhe assim, abastecer a sua bagagem com sons para viagens sem fronteiras. Aos 11 anos começou o seu interesse pelo mundo do Dj'ing, enquanto assistia às festividades do grupo ‘BlackProject', criado pelos seus cunhados, onde participavam Dj Betwo,...
Angolana, nascida, criada e residente em Luanda. Artista multidisciplinar com destaque para as artes visuais, entusiasta de música, fã de festivais musicais, considera-se daquelas que adormece com música e acorda a cantar. Em 2017 de forma inusitada, começou a actuar como selecta e actualmente dedica-se cada vez mais ao djing como forma artística de partilha da sua essência negra e africana. Os seus sets de DJ multifacetados, são recheados de ritmos africanos e afrodescendentes de várias épocas, sendo menos ou mais intensos, mais ou menos dançantes,...
Rodrigo Ribeiro Saturnino aka ROD é pesquisador e artista visual. Doutorado em Sociologia pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Pós-Doutorado no Centro de Estudos da Comunicação e Sociedade do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho onde atualmente desenvolve uma pesquisa sobre as plataformas digitais da Internet e o racismo algorítmico. Tem publicado em diversas revistas acadêmicas e de divulgação científica no âmbito nacional e internacional. Como artista visual desenvolve um trabalho com foco na crítica decolonial....
Licenciada em teatro pela ESTC, é artista pluridisplinar e arte-educadora. A partir do seu lugar de fala, questiona-se sobre problemáticas identitárias e de sistemas sociais e as relações de poder que operam como herança de um passado colonial. Para além do trabalho artístico, é cocriadora do Histórias Invisíveis, um projeto educativo, apoiado pela CMA, que se propõe a refletir sobre os conceitos de Identidade, Memória Histórica e Direitos Humanos através das Artes. Exprime-se maioritariamente nas técnicas da pintura, ilustração, performance e escrita,...