Marco Mendonça
Blackface
- 17.11 — 19.11 2023
- Estreia nacional
- M/14
- 1h30 min
- Em português com legendas em português e inglês para pessoas surdas
Onde começou o blackface? Quando termina o blackface?
Sozinho em cena, Marco Mendonça apresenta uma conferência musical, entre o stand-up, a sátira e o teatro documental e autobiográfico. Através de uma extensa pesquisa visual e diferentes sketches humorísticos, atravessa cinco séculos de história para falar do longo e doloroso legado da prática do blackface.
As representações de personagens em blackface — prática teatral racista em que pessoas são maquilhadas para caricaturar estereótipos negros — são utilizadas para rebaixar, objectificar e desumanizar pessoas negras, tidas como pouco inteligentes, preguiçosas, mentirosas, entre outros defeitos.
Aqui, contraria-se o conforto e o alívio cómico que, historicamente, a prática do blackface garantiu aos seus públicos. Com constrangimento, vemos como o racismo faz parte de tradições portuguesas até aos dias de hoje.
Conversas Pós-Espetáculo
No dia 19 de novembro, o espetáculo será seguido de uma conversa com Marco Mendonça e Gisela Casimiro, com moderação de Raquel Lima.
Ficha Artística
Direção artística, criação e interpretação Marco Mendonça Apoio à criação Bruno Huca Apoio à dramaturgia Gisela Casimiro Composição musical e sonoplastia Mestre André Desenho de luz Rui Monteiro Cenografia Pedro Azevedo Figurino Aldina Jesus Vídeo Heverton Harieno Produção Alkantara (Sinara Suzin, Carolina Gameiro) Coprodução Alkantara, Teatro do Bairro Alto e Teatro Viriato Residência de coprodução O Espaço do Tempo Apoio à residência Moussem Nomadic Arts Centre (Bruxelas) Apoio Co-pacabana
Agradecimentos Ana Cristina Mendonça, André e. Teodósio, Artistas Unidos, Bernardo Peixoto, Catarina Amaral, Cidália Espadinha, Cleo Diára, Eduardo Mendonça, Eduardo Molina, Gio Lourenço, Isabél Zuaa, Márcia Mendonça, Marcos Cardão, Maria Jorge, Nádia Yracema, Nuna, Nuno Lopes, Soraia Tavares, Raquel S., Tiago Bartolomeu Costa, Vanessa Coelho
Notas sobre o conteúdo
Inclui referências a violência racial, fumo, laser e luz estraboscópica.
Marco Mendonça nasceu em Moçambique em 1995 e vive em Lisboa desde 2007. Licenciou-se em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Trabalha regularmente com a companhia Os Possessos. Estagiou no Teatro Nacional D. Maria II, onde trabalhou com João Pedro Vaz, Tiago Rodrigues e Faustin Linyekula. Integrou espectáculos de Liesbeth Gritter (Kassys), Tonan Quito e Mala Voadora. Estreou-se como autor e co-criador, ao lado de João Pedro Leal e Eduardo Molina, em "Parlamento Elefante", projeto vencedor da Bolsa Amélia Rey Colaço. Em 2021, venceu a Rede 5 Sentidos...