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Terra Batida

Pedra Pele Pulmão

ALKANARA - Terra Batida - ©João Dias
@ João Dias
  • 11.11 — 14.11 2023
  • Espaço Alkantara
  • Entrada livre, com levantamento de senhas ou inscrição

Um programa em torno de noções de corpos sensores, narrativas da mineração e monocultura a partir da região do Fundão.

A relação que os corpos têm com o ambiente é transicional e transformadora. E, por isso, corpos podem ser sensores de paisagens, propagadores de mensagens, inaladores de fumos, incubadores de vírus, ou arguentes de um processo de reparação.


O corpo de um rio fica ferido pela lavagem de minério, o corpo de um mineiro fica ferido pela silicose, os corpos de crianças que ainda não nasceram ficam feridos pela ausência de reparação. E nem todas as marcas desse diálogo continuado entre corpos e paisagens podem ser percebidas com a mesma linguagem – estimulam-nos a imaginar outras línguas e outras formas de pressentir a realidade.


No programa de 2023 de Terra Batida apresentamos um conjunto de performances e conversas que ensaiam a imaginação em torno de corpos sensores. O programa resulta de uma residência coletiva no município do Fundão, onde visitámos as escombreiras das Minas da Panasqueira (que carregam a história do tungsténio e da Segunda Guerra Mundial, e chega até hoje manchada por morte e contaminação); abordámos a luta contra a exploração de lítio na Serra de Argemela e em Gonçalo; debatemos a história de monocultura de pinheiro e da invenção nacional da cereja da Serra da Gardunha, e também conhecemos práticas de regeneração e cuidado que atuam no território como medicinas sensíveis.


Dois projetos foram apoiados e construídos neste contexto: o primeiro, Aeromancia de Alina Ruiz Folini, dançado com Emily Silva e Bibi Dória, busca ‘hackear’ os fluxos respiratórios que inalam a violência heteronormativa; o segundo, Conspirações, de Teresa Castro, tateia o formato da conferência-performance, agregando – mas também alucinando – as narrativas ambientais da Beira Baixa que fomos recolhendo na residência.


Além disso, durante os quatro dias deste mini-festival, apresentamos o resultado de uma parceria com o humusidades, E lá no fundo o que é que tem?, que reuniu um grupo de estudos e práticas online, com mais de 30 participantes entre Brasil e Portugal, em torno dos paralelos ambientais, sociais e políticos entre dois (e mais) territórios com o mesmo nome, Fundão. Ritó (aka Rita Natálio) propõe, ainda, o workshop Geoeróticas, um convite a pensar as relações entre geologia e corporalidade, abordando mineração corporal (aka ‘tiny mining’), geologia lésbica, e práticas de escrita entre pedras e palavras, extração e abstração.

Terra Batida

PROGRAMA


11 NOV


Geoeróticas de Ritó (Rita Natálio)
Workshop

14H-17H



12 NOV


Conspirações de Teresa Castro

Conferência-performance
20H


E lá no fundo o que é que tem? (humusidades) com Zoy Anastassakis, Äline Besourö e Ísis Daou

Apresentação / Instalação
21H



13 NOV


Conspirações de Teresa Castro

Conferência-performance
19H


Aeromancia de Alina Ruiz Folini

Performance
+

Refundão com Alina Ruiz Folini, Teresa Castro, e Rafaela Aleixo

Jogo-conversa
20H



14 NOV


Aeromancia de Alina Ruiz Folini

Performance
+
Refundão II com Rita Natálio e Pablo Quiroga Devia

Jogo-conversa
19h

Ficha Artística

Coordenação e investigação Ritó (Rita Natálio) Propostas Artísticas Alina Ruiz Folini, Teresa Castro, humusidades Luz Lui L'Abbate Som Rui Antunes Residência em diálogo com Artistas, ativistas, e profissionais de pesquisa Anabela Paula, Emma Cowan, João Leonardo, Pablo Quiroga Devia, Paula Cristina de Oliveira, Rafaela Aleixo Coletivos e entidades ARS Investigação e Desenvolvimento, À escuta, Caminheiros da Gardunha, Cine.gardunha, Escola Secundária do Fundão/Curso de Artes Visuais, humusidades, Guardiões da Serra da Estrela, Grupo pela Preservação da Serra de Argemela, Programa Integrado de IC&DT CULTIVAR Visitas em pesquisa Aldeia do Barco, Escola Secundária do Fundão, Freguesia de Ourondo, Freguesia de Gonçalo, Casa dos Bombos de Lavacolhos, ARS - Investigação e Desenvolvimento, Castelo Novo Fotografia João Dias Vídeo Aline Belfort Apoio à tradução simultânea Dani D’Emilia Produção Executiva Associação Parasita/Sofia Lopes Assistência de Produção Laila Algaves Nuñez Gestão e AdministraçãoAssociação Parasita/ Lysandra Domingues Coprodução Alkantara Apoios Câmara Municipal do Fundão, Governo de Portugal – Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes Agradecimentos Amina Bawa

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