CORONAS IN THE SKY. Our Manifesto!

Evento sujeito a inscrição AQUI

here we are now
e viemos para ficar
aqui e aí
em toda a parte
seremos resistência
a voz que não se silencia
o rosto do amanhã
a fome
o livro
a cantina
a raiva a crescer nos dentes
o grito de revolta
seremos a
alegria e a primavera solar
orgulho e cosmos
filhas do fogo, da terra
dos ventos e das águas
apontamos as nossas coroas ao céu
celebramos a memória dos nossos corpos
A nossa ancestralidade
Celebramos a dança
E resistimos*

*excerto do poema que integra a vídeo-performance CORONAS IN THE SKY, Not a Manifesto! an essay on Afrofuturism and Liberation de Melissa Rodrigues, 2020

No contexto do programa Kilombo - Curadoria de Aurora Negra, Melissa Rodrigues e Dori Nigro propõem uma Oficina-conversa onde depois da projeção da vídeo-performance CORONAS IN THE SKY, Not a Manifesto! an essay on Afrofuturism and Liberation, convidam as pessoas participantes a conversar a partir de referências musicais, visuais e outras sobre a estética e o pensamento filosófico-cultural e artístico do Afrofuturismo. A oficina contempla um momento final com um exercício de escuta ativa e outro de escrita especulativa.

Notas Biográficas

Melissa Rodrigues (Praia, Cabo Verde). Melissa é performer, arte-educadora e curadora. Licenciada em Antropologia UNL/FCSH e pós-graduada em Performance pela FBAUP. Possui formação em Artes Performativas pelo c.e.m. - centro em movimento, Lisboa. Colabora desde 2008 em projetos de Educação Pela Arte e como arte-educadora no âmbito de serviços educativos, como no Serviço Educativo do Museu de Arte Contemporânea de Serralves (2015-2020). Participa frequentemente em projetos colaborativos e interdisciplinares que relacionam arte, experimentação e ativismo.
Como investigadora nas áreas da Performance e da Cultura Visual tem desenvolvido pesquisa em Imagem e Representação do Corpo Negro em colaboração com artistas visuais, cientistas sociais e performers. Co-criou com o coletivo Chá das Pretas a performance cabelo e com o artista visual Miguel F a vídeo instalação MEDITERRÂNEO. Concebeu a conferência-performance De Submisso a Político – O Lugar do Corpo Negro na Cultura Visual e a vídeo-performance CORONAS IN THE SKY, Not a Manifesto! an Essay on Afrofuturism and Liberation. Em 2020/2021 integra as equipas curatoriais dos programas Um Elefante no Palácio de Cristal e Anuário 2020 da Galeria Municipal do Porto. É membra da Associação Cultural Rampa, do InterStruct Collective, do Núcleo Anti-Racista do Porto e da UNA – União Negra das Artes.

Dori Nigro (Recife, Brasil - Porto, Portugal). Performer. Pedagogo. Arte Educador. Nasce numa família trabalhadora da zona rural e da pesca litorânea do estado de Pernambuco, Brasil. Envereda pelo caminho das artes através do teatro amador comunitário. Acessa os estudos escolares e acadêmicos por meio de políticas públicas de cotas raciais. Atualmente desenvolve investigação no doutoramento em Arte Contemporânea, no Colégio das Artes, da Universidade de Coimbra, sobre o tema da Performance, Ancestralidade e Identidade Afrodiaspórica. Realizou estudos de mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas; especialização em Arte Educação; bacharelado em Comunicação Social, com habilitação em Fotografia; e licenciatura em Pedagogia. Criador, com Paulo Pinto, no Tuia de Artifícios, coletivo de criação artística que desenvolve projetos colaborativos no campo da Arte, Arte Educação e Arte Terapia.