Residente em Marselha, Dorothée Munyaneza é uma artista multidisciplinar que utiliza a música, a voz, o texto e o movimento para abordar a ruptura como uma força dinâmica. Munyaneza baseia-se em histórias reais, apoderando-se do corpo, da memória e dos tempos atuais para criar um espaço de ressonância. O seu estilo de criação e de atuação em palco é diretamente inspirado pelo que a vida lhe deu tão intensamente. A sua pesquisa artística inspira-se na diversidade da sua herança cultural – a sua família alargada no Ruanda, a experiência dos 14 anos passados em Londres, a sua mudança para Paris, seguida da sua instalação em Marselha –, mas sobretudo no seu apetite pelo encontro. Dorothée Munyaneza canta desde a sua infância tendo estudado na Jonas Foundation em Londres e Música e Ciências Sociais em Canterbury, onde tem a confirmação de que a música e o som são fundamentais para o seu trabalho.

Em 2006, conhece François Verret, com quem colabora em Sans Retour, Ice, Cabaret e Do you remember, no I don’t. Desde então, tem trabalhado também com Radouan Mriziga, Alain Mahé, Jean-François Pauvros, Robyn Orlin, Ko Murobushi, Nan Goldin, Stéphanie Coudert, Rachid Ouramdane, Maud Le Pladec, Alain Buffard, Maya Mihindou e Ben Lamar Gay. Em 2013, Dorothée Munyaneza funda em Marselha a companhia Kadidi. Do seu repertório fazem parte Samedi Détente (2014), Unwanted (2017), Mailles (2020), a capella (2022) e Toi, moi, Tituba... (2023), um dueto com o compositor Khyam Allami. Em 2020, Munyaneza traduz Hopelessly Devoted de Kae Tempest e publica Inconditionnelles pela L’Arche Éditeur. Em 2021, o Théâtre des Bouffes du Nord, em Paris, convida-a a encenar o texto, que estreia no outono de 2024.

Dorothée Munyaneza é artista associada do Chaillot – Théâtre National de la Danse (Paris), da Maison de la Danse e Biennale de la danse de Lyon, e da Fondation Camargo, em Cassis.