Ir para o conteúdo

Conteúdo principal

LACRE 2024

Organizado pelo Coletivo Afrontosas

ALKANARA - Logotipo do LACRE - ©
  • 02.09 — 14.09 2024
  • Espaço Alkantara
  • Goethe-Institut Lisboa

Na recente história da arte queer, a participação de pessoas negras é quase inexistente. O LACRE - Laboratório de Arte Cuír e Resistência é um projeto inovador de resistência artística e política na medida em que procura destacar essa ausência através da promoção da arte feita por pessoas negras e queer a fim de debater esta questão e também criar uma espécie de pedagogia cartográfica que dê visibilidade a este tema em Portugal.

O LACRE busca, através das suas propostas, produzir uma nova epistemologia do conceito queer ao propor um fazer artístico que considere a urgência da manifestação deste tipo de arte e também a latente necessidade de garantir que a produção de artistas negros e queer se manifeste de modo equitativo no cenário português.

A palavra "cuír", utilizada neste projeto, é um neologismo de resistência. Invoca em si a vontade de autonomização das identidades negras queer na produção da sua própria agenda artística. Ao priorizar essas propostas, o projeto destaca-se pela sua relevância social e pela sua capacidade original de impactar positivamente a comunidade e o cenário artístico de maneira significativa. Desta forma, o projeto providencia cenários de restituição simbólica e física em relação às históricas disparidades sociais dentro do setor artístico.

O LACRE é um projeto transdisciplinar que junta artistas negros queer de variadas formações a trabalhar em Portugal na reflexão e produção artística sobre as dimensões críticas da arte. O LACRE possui uma componente fundamental para a melhoria da qualificação de profissionais e instituições ligadas à cultura e à arte acerca das relações entre negritude e identidades de gênero e tem como fundamento a promoção de uma maior diversidade étnica e cultural de artistas negros queer no tecido social português. É um projeto antirracista e interseccional na medida em que busca suplantar as consequências estruturais que contribuíram para aumentar as desigualdades sociais em termos de representação e oportunidades de trabalho para este grupo de pessoas.

— Coletivo Afrontosas


Depois de uma primeira edição em 2023, o LACRE regressa de 2 a 14 de setembro de 2024. Entre o Espaço Alkantara e o Goethe-Institut Portugal, esta segunda edição apresenta um programa tripartido:

- Dois workshops de mediação e reflexão, acolhidos pelo Goethe-Institut Portugal. No dia 5 de setembro, David J. Amado introduz-nos ao Afro-Jazz, uma mistura de técnicas da dança moderna e da dança clássica; e no dia 12 de setembro, Joyce Sousa propõe Aquilombamento e identidade - Dramaturgias e intervenções possíveis onde explora o conceito ampliado de quilombo desenvolvido por Beatriz Nascimento. A participação nos workshops é gratuita mediante inscrição e disponibilidade de vaga. As inscrições acontecem online.

- Duas residências artísticas no Espaço Alkantara, com tutoria de ROD, tony omolu e DIDI. De 2 a 7 de setembro, recebemos no estúdio Luan Okun, e de 9 a 14 de setembro, Noé João.

- Dois momentos de apresentação pública, resultado das residências. Luan Okun apresenta Seja Bem Vinde, e Noé João mostra Cinzas do Vulto. A entrada é livre.


LACRE é um projeto financiado pela DGArtes - Ministério da Cultura. Uma produção do Coletivo Afrontosas, com co-produção do Alkantara e do Goethe-Institut Portugal. A Contemporânea, Dezanove, Bantumem e Buala são os parceiros de comunicação desta segunda edição.

Sobre o Coletivo Afrontosas

O Coletivo Afrontosas é uma associação cultural que nasceu a partir de encontros de pessoas negras/racializadas cuír ligadas ao mundo das artes, da educação e da celebração motivadas pela ausência de projetos que reflitam sobre a importância da negritude cuír da diáspora em Portugal em confluência com os trânsitos migratórios da América Latina, África e outras regiões.

Um dos objetivos do Afrontosas é fomentar, promover e divulgar a produção artística e educacional de artistas negres/racializadas cuír a fim de criar espaços interseccionais para o debate e a interlocução entre agentes culturais no âmbito nacional e internacional.

O Coletivo atua em cinco áreas – Arte e Pesquisa; Acolhimento e Ancestralidade; Consultoria e Ensino; Cultura e Celebração e Lifestyle e Fashion Design – lutando contra o racismo estrutural no sector da arte, a fim de tornar o campo artístico em Portugal mais diversificado em termos de representação e diversidade

Artigos relacionados:

Voltar ao início
This website is using cookies to provide a good browsing experience

These include essential cookies that are necessary for the operation of the site, as well as others that are used only for anonymous statistical purposes, for comfort settings or to display personalized content. You can decide for yourself which categories you want to allow. Please note that based on your settings, not all functions of the website may be available.

This website is using cookies to provide a good browsing experience

These include essential cookies that are necessary for the operation of the site, as well as others that are used only for anonymous statistical purposes, for comfort settings or to display personalized content. You can decide for yourself which categories you want to allow. Please note that based on your settings, not all functions of the website may be available.

Your cookie preferences have been saved.