Paula Diogo em residência no Espaço Alkantara

Aurora é uma performance que se faz de olhos fechados. Não sabemos exactamente onde acontece, se na sala de alguém, se numa blackbox, se nas ruas de uma cidade. Há uma linha que se estende entre a realidade e a ficção. Uma linha que começa na ponta de um dedo e se estende para o espaço.

Aurora é também o momento entre a noite e o dia, o período de luz em que o sol ainda não se levantou, em que tudo é iluminado de forma difusa numa tensão entre escuridão, sombra e luz. É o momento que ainda não é. É também uma promessa, um desejo e uma expectativa em relação ao momento que se segue.

Neste trabalho, Paula Diogo convida um grupo de artistas a criar um habitat para o corpo, que permita pensá-lo como uma matéria táctil e reativa, que quando privada da visão, activa outras formas de ler o mundo e de se relacionar com a realidade.

Paula Diogo tem um percurso que experimenta olhares transversais sobre a criação artística, e que questionam linguagens e formatos. A artista parte da experimentação em estúdio para a construção dramatúrgica em processos em que prática e teoria se alimentam mutuamente.

Direcção artística e criação Paula Diogo Grupo de artistas convidado João Lopes Pereira, Renato Linhares, Wilma Moutinho, Ângela Rocha, Mariana Ricardo, Masako Hattori, Joana Gomes e Yaw Tembe Coordenação de projeto Daniela Ribeiro Produção Má-Criação Residências Alkantara, Teatro Viriato e Centro Experimentação Artística do Vale da Amoreira / Moita Apoio Fundação Calouste Gulbenkian, apap - FEMINIST FUTURES projeto cofinanciado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia e Dançando com a Diferença