Atlas da Boca de Gaya de Medeiros
Fóssil (Excerto) de Rita Natálio
- 07.07 2022
- Mostra BRABA
- Portas Abertas
- Espaço Alkantara
- ENTRADA LIVRE, MEDIANTE RESERVA
- M/12
- 45 MIN
Sessão esgotada
No seu lançamento a BRABA apresenta de 7 a 10 de julho a estreia de ATLAS da BOCA de Gaya Medeiros, todas as apresentações são seguidas de uma performance diferente criada por artistas da comunidade Trans/Não-binária e de uma conversa com artistas mediada por pessoas convidadas.
Atlas da Boca é uma investigação de dois corpos trans acerca da boca como lugar de intersecção entre a palavra, a identidade e a voz, o público e o privado, o erotismo e a política. Busca novas narrativas, explorando os verbetes que se abrem da boca para fora e que se lêem da boca para dentro.
Ficha Artística
Direção e produção Gaya de Medeiros Cocriação e Atuação Ary Zara, Gaya de Medeiros Provocação, conceção e design do "Breve Atlas da Boca" João Emediato Vídeos Ary Zara Luz André de Campos Operador de Som Milton Estevam Tradução e legendagem Joana Frazão Coprodução Alkantara e Companhia Olga Roriz Gestão Irreal Apoio à Criação Self-Mistake Apoio Institucional República Portuguesa - Cultura | DGARTES - Direção Geral das Artes
Fóssil (Excerto)
No contexto do lançamento da plataforma Braba, Rita Natálio apresenta um excerto de 15 minutos da performance “Fóssil”, um trabalho de 2020 que integra uma série de performances-conferência em torno das relações entre linguagem e geologia, como “Antropocenas”/2017 (colaboração com João dos Santos Martins) e “Geofagia”/2018.
Se a figura do zombie foi central para entender o funcionamento do capitalismo e do conceito de biopolítica no século XX, a figura do fóssil – o que é extraído da terra e o que acumula tempo ou história – convida hoje a pensar sobre a crise generalizada que muites têm chamado de Antropoceno. Aqui se constrói um fóssil do extrativismo contemporâneo, refletindo sobre como a geologia e os processos que ocorrem “dentro da terra” estão inscritos e se inscrevem na história humana. Um livro-performance onde a linguagem atravessa diferentes escalas e se expõe à sabotagem.
Ficha Artística
Performance e Texto Rita Natálio Escultura Hugo Canoilas Som Rui Antunes e João Diogo Pratas Diálogos textuais Elizabeth Povinelli, Katryn Yussof, Karen Pinkus, Malcolm Ferdinand Assistência artística João dos Santos Martins Produção Associação Parasita Ensaios e residências MDance, Espaço Alkantara, Estúdios Victor Cordon, PENHA SCO Apoio Fundação Calouste Gulbenkian, Atelier-Museu Júlio Pomar
Gaya de Medeiros (brasileira, 31 anos) é bailarina, diretora e produtora. Já trabalhou com diversos coreógrafos e já criou 3 trabalhos solo. Fundou a BRABA.plataforma a fim de viabilizar ações criativas direcionadas e protagonizadas por pessoas trans/não bináries. Interessada na pesquisa dos cruzamentos entre a palavra e o corpo, o privado e o público, o íntimo e o social, Gaya se pergunta sobre o lugar do drama na contemporaneidade.
Ary Zara é trans de identidade não binária licenciado em Cinema pela ULHT e com estudos em guionismo, como bolseiro, na Universidade do Texas em Austin. Premiado pela Zon e com uma longa metragem vendida à Ukbar, desenvolve preferencialmente estéticas de vídeo queer e encontra-se atualmente em pré-produção de uma curta-metragem financiada pelo ICA e produzida pela Take it Easy. Criador do projeto activista T Guys Cuddle Too através do qual se tornou palestrante em diversos eventos, dando também formação a empresas e em estabelecimentos de ensino.
Artista e investigador. Lésbica não-binárie. Os seus espaços de prática combinam a escrita e a performance, seja na criação, no ensino, na investigação ou na organização de programas públicos. Tem organizado uma série de palestras-performances dedicadas à relação entre linguagem e geologia, apresentadas internacionalmente em diversos espaços artísticos, teatros e contextos académicos: Antropocenas (2017) com João dos Santos Martins, Geofagia (2018), e Fóssil (2020). Um dos seus trabalhos mais recentes — Spillovers (2023) — propõe uma...