Atlas da Boca de Gaya de Medeiros
Fóssil (Excerto) de Rita Natálio
![ALKANARA - Atlas da Boca de Gaya de Medeiros - ©Rui Soares](/site/assets/files/6891/copia_de_atlas-211.1290x0.jpg)
- 07.07 2022
- Mostra BRABA
- Portas Abertas
- Espaço Alkantara
- ENTRADA LIVRE, MEDIANTE RESERVA
- M/12
- 45 MIN
Sessão esgotada
No seu lançamento a BRABA apresenta de 7 a 10 de julho a estreia de ATLAS da BOCA de Gaya Medeiros, todas as apresentações são seguidas de uma performance diferente criada por artistas da comunidade Trans/Não-binária e de uma conversa com artistas mediada por pessoas convidadas.
Atlas da Boca é uma investigação de dois corpos trans acerca da boca como lugar de intersecção entre a palavra, a identidade e a voz, o público e o privado, o erotismo e a política. Busca novas narrativas, explorando os verbetes que se abrem da boca para fora e que se lêem da boca para dentro.
Ficha Artística
Direção e produção Gaya de Medeiros Cocriação e Atuação Ary Zara, Gaya de Medeiros Provocação, conceção e design do "Breve Atlas da Boca" João Emediato Vídeos Ary Zara Luz André de Campos Operador de Som Milton Estevam Tradução e legendagem Joana Frazão Coprodução Alkantara e Companhia Olga Roriz Gestão Irreal Apoio à Criação Self-Mistake Apoio Institucional República Portuguesa - Cultura | DGARTES - Direção Geral das Artes
Fóssil (Excerto)
![ALKANARA - Pessoa a brincar com um dinossaouro, no fundo de um papel de tela que mostra a selva - ©Luísa Homem](/site/assets/files/6907/fossil_rita-natalio_alkantara2.jpeg)
No contexto do lançamento da plataforma Braba, Rita Natálio apresenta um excerto de 15 minutos da performance “Fóssil”, um trabalho de 2020 que integra uma série de performances-conferência em torno das relações entre linguagem e geologia, como “Antropocenas”/2017 (colaboração com João dos Santos Martins) e “Geofagia”/2018.
Se a figura do zombie foi central para entender o funcionamento do capitalismo e do conceito de biopolítica no século XX, a figura do fóssil – o que é extraído da terra e o que acumula tempo ou história – convida hoje a pensar sobre a crise generalizada que muites têm chamado de Antropoceno. Aqui se constrói um fóssil do extrativismo contemporâneo, refletindo sobre como a geologia e os processos que ocorrem “dentro da terra” estão inscritos e se inscrevem na história humana. Um livro-performance onde a linguagem atravessa diferentes escalas e se expõe à sabotagem.
Ficha Artística
Performance e Texto Rita Natálio Escultura Hugo Canoilas Som Rui Antunes e João Diogo Pratas Diálogos textuais Elizabeth Povinelli, Katryn Yussof, Karen Pinkus, Malcolm Ferdinand Assistência artística João dos Santos Martins Produção Associação Parasita Ensaios e residências MDance, Espaço Alkantara, Estúdios Victor Cordon, PENHA SCO Apoio Fundação Calouste Gulbenkian, Atelier-Museu Júlio Pomar
![](/site/assets/files/6647/gaya_de_medeiros_jose_fernandes.jpg)
Gaya de Medeiros (brasileira, 31 anos) é bailarina, diretora e produtora. Já trabalhou com diversos coreógrafos e já criou 3 trabalhos solo. Fundou a BRABA.plataforma a fim de viabilizar ações criativas direcionadas e protagonizadas por pessoas trans/não bináries. Interessada na pesquisa dos cruzamentos entre a palavra e o corpo, o privado e o público, o íntimo e o social, Gaya se pergunta sobre o lugar do drama na contemporaneidade.
![](/site/assets/files/6653/screenshot_2022-03-25_at_16_31_26.png)
Ary Zara é trans de identidade não binária licenciado em Cinema pela ULHT e com estudos em guionismo, como bolseiro, na Universidade do Texas em Austin. Premiado pela Zon e com uma longa metragem vendida à Ukbar, desenvolve preferencialmente estéticas de vídeo queer e encontra-se atualmente em pré-produção de uma curta-metragem financiada pelo ICA e produzida pela Take it Easy. Criador do projeto activista T Guys Cuddle Too através do qual se tornou palestrante em diversos eventos, dando também formação a empresas e em estabelecimentos de ensino.
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Lisboa (1983). Artista e pesquisador. Lésbica não-binárie. Os seus espaços de prática relacionam poesia, escrita ensaística e performance. Doutorando em Estudos Artísticos na FCSH-UNL e Antropologia na USP, com bolsa FCT, pesquisa desde 2014, o recente debate sobre o conceito de Antropoceno e o seu impacto sobre a redefinição disciplinar e estética das relações entre arte, política e ecologia. Estudou Artes do Espetáculo Coreográfico na Universidade de Paris VIII e é mestre em Psicologia pela PUC-SP onde estudou as relações entre imitação e...