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Atlas da Boca de Gaya de Medeiros

O jeito que o corpo dá 1.0 de Luan Okun

ALKANARA - Duas pessoas abraçadas olham para a luz de um telefone - ©Mário Bettencourt
@ Mário Bettencourt
  • 09.07 2022
  • Mostra BRABA
  • Portas Abertas
  • Espaço Alkantara
  • ENTRADA LIVRE, MEDIANTE RESERVA
  • M/18
  • 45 MIN

Sessões Esgotadas

No seu lançamento a BRABA apresenta de 7 a 10 de julho a estreia de ATLAS da BOCA de Gaya Medeiros, todas as apresentações são seguidas de uma performance diferente criada por artistas da comunidade Trans/Não-binária e de uma conversa com artistas mediada por pessoas convidadas.

Atlas da Boca é uma investigação de dois corpos trans acerca da boca como lugar de intersecção entre a palavra, a identidade e a voz, o público e o privado, o erotismo e a política. Busca novas narrativas, explorando os verbetes que se abrem da boca para fora e que se lêem da boca para dentro.

Ficha Artística

Direção e produção Gaya de Medeiros Cocriação e Atuação Ary Zara, Gaya de Medeiros Provocação, conceção e design do "Breve Atlas da Boca" João Emediato Vídeos Ary Zara Luz André de Campos Operador de Som Milton Estevam Tradução e legendagem Joana Frazão Coprodução Alkantara e Companhia Olga Roriz Gestão Irreal Apoio à Criação Self-Mistake Apoio Institucional República Portuguesa - Cultura | DGARTES - Direção Geral das Artes

O jeito que o corpo dá 1.0 de Luan Okun

ALKANARA - Atlas da Boca de Gaya de Medeiros - ©

O jeito que o corpo dá 1.0 procura as fugas necessárias para o desaparecimento da norma, e assim proporcionar a destruição conjunta da condição de sucesso, de fracasso, de gênero e racialidade.

A performance tem como intuito trabalhar movimentações corporais através de estímulos externos, como sons, cheiros e projeções, provocando assim uma forma de se colocar presente no espaço e tempo. Através de textos autorais, Luan Okun trabalha com temáticas políticas e sociais que perpassam a sua experiência e existência como pessoa Trans não binária, racializada e migrante no mundo como o conhecemos, mais especificamente na comunidade Lusitana.

Entendendo a importância de se ver como ser político e individual que compõe uma sociedade, logo com dever de ter comprometimento e responsabilidade para com a mesma, o performer narra conflitos, dores e delícias de ser como a sociedade normativa e desinformada não espera. Com bases sólidas de exercícios que estimulam o corpo como um todo e foco nas danças pélvicas como conexão à tecnologia ancestral, cria rupturas na hipersexualização do corpo racializado que se move e reapropria-se do olhar para o próprio corpo, rompendo com a binaridade de gênero.

O seu trabalho performático tem como intuito ativar o imaginário e olhar analítico individual da plateia para as movimentações propostas que contam uma história.

Ficha Artística

Direção Luan Okun Performer Luan Okun Art 3 Projeção YunaTurva

Gaya de Medeiros

Gaya de Medeiros (brasileira, 31 anos) é bailarina, diretora e produtora. Já trabalhou com diversos coreógrafos e já criou 3 trabalhos solo. Fundou a BRABA.plataforma a fim de viabilizar ações criativas direcionadas e protagonizadas por pessoas trans/não bináries. Interessada na pesquisa dos cruzamentos entre a palavra e o corpo, o privado e o público, o íntimo e o social, Gaya se pergunta sobre o lugar do drama na contemporaneidade.

Ary Zara

Ary Zara é trans de identidade não binária licenciado em Cinema pela ULHT e com estudos em guionismo, como bolseiro, na Universidade do Texas em Austin. Premiado pela Zon e com uma longa metragem vendida à Ukbar, desenvolve preferencialmente estéticas de vídeo queer e encontra-se atualmente em pré-produção de uma curta-metragem financiada pelo ICA e produzida pela Take it Easy. Criador do projeto activista T Guys Cuddle Too através do qual se tornou palestrante em diversos eventos, dando também formação a empresas e em estabelecimentos de ensino.

Luan Okun

Luan Okun, nascido em 27 de junho de 1995 em Ituiutaba-MG, é um artista dissidente migrante radicado em Lisboa desde 2018. Sua trajetória artística começou em 2014, cursando teatro na Universidade Federal de Uberlândia. Sua prática explora as subjetividades do corpo racializado e as complexidades da identidade dissidente. Luan participou de projetos significativos, destacando-se como ator e assistente de direção no espetáculo Benedites, além de produzir e ministrar oficinas no Movimento Cultural O Olho da Rua em 2018. Seu trabalho abrange atuação, figurino...

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