Sonya Lindfors
Cosmic Latte

- 26.11 — 27.11 2021
- Estreia nacional
- M/12
- 80 min
- Em inglês, finlandês e lingala, com legendas em português.
Cosmic Latte acontece no futuro. Estamos no ano de 3021. Cinco corpos negros estão em cena e isso já não quer dizer nada mas ainda faz lembrar alguma coisa.
Cosmic Latte parte de um projeto utópico de dançar, performar e re-imaginar futuros que ainda não se podem imaginar. Estamos no ano 3021 e vivemos num mundo que foge a definições e categorias. Os conceitos não existem como opostos, as fronteiras movem-se, dissolvem-se e quebram-se. A nossa forma de pensar mudou: negro e branco já não são opostos mas estão contidos um no outro. As estruturas atuais desapareceram e os significados misturam-se como líquidos.
Afrofuturismo, arte contemporânea, cosmologia da África do Oeste, Sun Ra e Bach coexistem num palco poroso, diverso e bege. A cor do universo é Cosmic Latte.
Afrofuturismo, conceito consolidado em 1993 por Mark Dery, traz o enquadramento para o sonho radical que é Cosmic Latte. Inicialmente utilizado em contextos de ficção científica, Afrofuturismo define, re-imagina e sonha a Negritude e identidades Negras. Sonha um lugar de liberdade e igualdade em que passado, presente e futuro se unem numa zona mística livre de limitações e fronteiras.
Cosmic Latte é o nome que cientistas da NASA deram à cor média do universo.
Cosmic Latte é também a terceira parte de uma série de trabalhos de Sonya Lindfors com foco na Negritude.
Esta é a primeira vez que Sonya Lindfors se apresenta em Portugal.
No dia 26 de novembro, este espetáculo será seguido de uma conversa com Sonya Lindfors e a artista Melissa Rodrigues, moderada pela jornalista e ativista cultural Carla Fernandes. A conversa decorrerá em inglês e português, com tradução simultânea em português.
Ficha Artística
Coreografia, direção e conceito Sonya Lindfors Grupo de trabalho Deogracias Masomi, Ima Iduozee, Pauliina Sjöberg, Geoffrey Erista, Esete Sutinen, Sonya Lindfors Elenco Deogracias Masomi, Zen Jefferson, Pauliina Sjöberg, Selma Kauppinen, Sonya Lindfors Assistentes de Coreografia Esete Sutinen, Pauliina Sjöberg Desenho de luz e produção técnica Erno Aaltonen Desenho de som Jussi Matikainen Figurinos Sanna Levo e Pauliina Sjöberg Tradução Carla Fernandes Legendas para pessoas surdas Pedro Soares Operadora de legendas Patrícia Pimentel Produção Zodiak - center for new dance, Sonya Lindfors, UrbanApa Residências BoraBora (Århus), Schwankhalle (Bremen)
Nota biográfica
Sonya Lindfors é uma coreógrafa Camaronesa-Finlandesa, sediada em Helsínquia. Em 2013 completa o mestrado em Coreografia pela Universidade de Ates de Helsínquia. No centro do seu trabalho procura desafiar estruturas de poder existentes e empoderar comunidades. É fundadora e diretora artística da UrbanApa, comunidade artística interdisciplinar e contra-hegemónica, que se oferece como plataforma para novos discursos e práticas artísticas feministas. Em todos os seus papéis cria e facilita plataformas anti-racistas e feministas em que um festival, uma performance, uma publicação ou um workshop são lugares de empoderamento e onde se pode sonhar radical e colectivamente. Os seus trabalhos, individuais ou em colaboração incluem performances, curadoria de programas e ações performativas e foram apoiados e apresentados em festivais e espaços como Beursschouwburg, Kampnagel, Spring Utrecht, CODA Festival, Black Box Theater Oslo, and Zodiak - Centre for New Dance, entre outros. É membro da Miracle Workers Collective que representou a Finlândia na 58ª Bienal de Veneza. Foi galardoada com o Finnish State Art prize for Dance (juntamente com Anniina Jääskeläinen) em 2013, e com o Anti Festival International Prize for Live Art em 2018. www.sonyalindfors.com