Segunda-Feira
Atenção à Direita! (2016)
- 01.12 2016
- Sete Anos Sete Peças
No primeiro espetáculo do ciclo de Sete Anos Sete Peças Cláudia Dias propõe reconstituir um combate de boxe. Punhos cerrados, full contact, uma coisa parece certa: Cláudia Dias e Jaime Neves vão dar e levar na boca literal e metaforicamente.
Pertencentes a uma comunidade que tem sido levada ao tapete vezes sem conta, quando se esmurrarem com argumentos, entre os prometidos sangue, suor e lágrimas, far-se-á luz, como nas fábulas esclarecidas. Ao sentimento de opressão, de que se libertam combatendo, opor-se-á o sentimento de solidariedade, entre pares, que se reforça no combate, quando eles se reconhecerem como iguais. Punhos cerrados. Destas forças contrárias, sai atrito bastante para passar das palavras aos actos.
Conceito e direção artística Cláudia Dias Artista convidado Pablo Fidalgo Lareo Texto Cláudia Dias e Pablo Fidalgo Lareo Intérpretes Cláudia Dias, Jaime Neves, Karas Cenografia e desenho de luz Thomas Walgrave Direção técnica Nuno Borda de Água Treinador de Boxe Tailandês Jaime Neves Acompanhamento Crítico Sete Anos Sete Peças Jorge Louraço Figueira Produção Alkantara Coprodução Alkantara Festival e Noorderzon Performing Arts Festival Groningen no âmbito do NXTSTP / Programa Cultura da União Europeia; Goethe Institut e Maria Matos Teatro Municipal no quadro do projeto Europoly; Teatro Municipal do Porto Coprodução de residência artística: O Espaço do Tempo (artista associada) Residências artísticas Espaço Alkantara, Göteborg Dance and Theatre Festival e Vitlycke Centre for Performing Arts, com o apoio de KID Gothenburg, Teatro Extremo e Teatro Estúdio António Assunção, Companhia de Dança de Almada, Teatro Municipal do Porto
2016
13 fev | Apresentação do work in progress, Festival Something Raw – Frascati Theater, Amesterdão
21 e 22 fev | Estreia, Münchner Kammerspiele, Munique
3, 4 e 5 jun | Estreia nacional, Alkantara Festival/Maria Matos TM
10 e 11 jun | Teatro Municipal do Porto – Rivoli/FITEI
22, 23, 24 ago | Noorderzon Performing Arts Festival, Groeningen
18, 19, 20 set | Dublin Tiger Fringe
6 out | Dantzaldia Festival/Alhóndiga – Azkuna Zentroa, Bilbau
12, 13 out | Sirenos – Vilnius International Theatre Festival, Lituânia
22 out | Teatro Virgínia, Torres Novas
4 nov | TAGV – Teatro Académico Gil Vicente, Coimbra
19 nov | Casa Municipal da Juventude – Ponto de Encontro, Almada
16 e 17 dez | National Theatre de Atenas, Grécia
2017
20 e 21 jan | Teatro Pumpenhaus, Münster, Alemanha
10 jun | Staatheater Bremerhaven, Alemanha
22 nov | Teatro Viriato, Viseu
2018
9 set | Festa do Avante, Seixal
2 nov | Centro Cultural Vila Flor, Guimarães
2019
8 mar | Centro de Experimentação Artística da Moita
21 set | Plaza de la Quintana, Santiago de Compostela, Espanha
2021
27 abr | Ciclo Sete Anos Sete Peças, São Luiz Teatro Municipal, Lisboa
Cláudia Dias (Lisboa, 1972) formou-se em dança na Academia Almadense, na Companhia de Dança de Lisboa e no Forum Dança. Frequentou o Mestrado em Artes Cénicas na Universidade Nova de Lisboa. Integrou o Grupo de Dança de Almada e o coletivo Ninho de Víboras. Colaborou com a Re.Al, tendo sido uma intérprete central na estratégia de criação de João Fiadeiro e no desenvolvimento, sistematização e transmissão da Técnica de Composição em Tempo Real. Leciona regularmente oficinas de Composição Coreográfica e de Composição em Tempo Real. Criou as peças One Woman Show, Visita Guiada, Das coisas nascem coisas, Vontade De Ter Vontade e Nem tudo o que dizemos tem de ser feito nem tudo o que fazemos tem de ser dito. Atualmente desenvolve o projeto Sete Anos Sete Peças.
Pablo Fidalgo Lareo (Vigo, 1984) escreveu o livro de poesia La educación física, La retirada (Prémio Injuve de poesia), El tiempo de las tragedias absurdas e Mis padres: Romeo y Julieta, que em 2015 é publicado em português pela editora Averno. Como artista a solo criou o espectáculo O estado salvaxe. Espanha 1939 (2013), que foi apresentado em vários Festivais em Espanha, Portugal e Argentina. A sua peça para adolescentes First we make the difficult than will do the impossible esteve em cena dirigida por Ana Borralho e João Galante e fez parte do ciclo PANOS da Culturgest em 2015. O seu trabalho já foi apresentado em Espanha, Portugal, Itália, França, Alemanha, Polónia, Chile, Uruguay, Brasil e Argentina. Fidalgo colaborou com os artistas Miguel Bonneville, Fon Román, Uxía P. Vaello e Estefanía Garcia. Desde 2015 dirige o festival Escenas del Cambio em Santiago de Compostela.
Jaime Neves (Luanda, 1968) é Treinador de Desporto e tem o grau de Master em Muay-Thai e 8º Dan em KickBoxing. É Presidente do Conselho Nacional de Graduações da Federação Portuguesa de Kick boxing e Muay Thai desde Janeiro de 2014; Presidente da Direção do Clube Recreativo Pombalense em Almada desde Fevereiro de 2009; Fundador e Director Técnico da Academia de Desportos de Combate “Team NeverShake”. Foi membro fundador na World Muay Thai Federation (Bangcoque) em 1995, foi também Vice-Presidente e Presidente do Conselho Nacional de Arbitragem da Federação Portuguesa de KickBoxing entre 1997 e 2002. Conta com vários prémios: Prémio de Personalidade Desportiva do Ano atribuído pela Federação Portuguesa de Kick-Boxing (2003); Prémio de Árbitro do Ano atribuído pela Federação Portuguesa de Kick-Boxing (2001); Prémio de Dirigente do Ano atribúido pela Confederação do Desporto de Portugal (1998); Tri-Campeão Nacional Muay Thai (1987, 1988 e 1989).
Karas (Luanda, 1972) é licenciado em História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa. Fez a sua formação teatral com Yolanda Alves, Etelvino Vazquéz (Espanha), Faidel Jaibi (Tunísia), Theodoros Terzopoulos (Grécia), Paulo Filipe Monteiro, Luís Miguel Cintra e Peter Stein. Fez formação em dança contemporânea com Peter Michael Dietz, Shane O'Hara, Howard Sonenklar, Cláudia Dias e Bóris. Ator desde 1987, representou peças de Gil Vicente, García Lorca, Eurípides, Tchekov, Oscar Wilde, Woody Allen, Plauto, Steven Berkoff, Harold Pinter, Heiner Müller, Boris Pasternak, entre outros. Fundou, em 1996, a companhia multidisciplinar Ninho de Víboras, onde encenou espectáculos sobre textos de Heiner Müller, Oscar Wilde, José Luís Peixoto, Patrick Suskind, Harold Pinter e também de sua autoria.