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Zia Soares

Luminoso Afogado

ALKANARA - Zia Soares - ©Abdel Queta Tavares
@ Abdel Queta Tavares
  • 19.02 — 01.03 2020
  • Portas Abertas
  • Espaço Alkantara
  • 10€
  • M/16
  • 55 min
  • Em Português

Luminoso Afogado de Al Berto é a primeira abordagem do Teatro Griot a um autor português. A encenadora e atriz Zia Soares revisita Al Berto, com quem trabalhava na altura da sua morte na adaptação e encenação de um texto do autor, Lunário – espetáculo que viria a chamar-se O Canto do Noitibó. Zia Soares trabalhava na sua primeira encenação e Al Berto no seu último projeto artístico.

Dois anos após a estreia em Lisboa, no Teatro da Trindade, o espetáculo apresentou-se em território africano, integrado na programação do Festival Mindelact 2018, em Cabo-Verde. Esta deslocação implicou uma reconfiguração face a este território, revelando-se essencial um novo olhar que abarcasse uma outra língua, uma outra fala, o crioulo, ela própria uma reconfiguração de outras. É esta nova versão que agora se estreia no Espaço Alkantara.

Luminoso Afogado é uma espécie de linha da sombra, onde num confronto com o espelho, com a morte e com a passagem do tempo, alguém não se reconhece, está entre ser o que é e outro irrecuperável e ausente. Espectros rompem a barreira entre vivos e mortos, refazem nexos com línguas reconfiguradas a partir de outras, cantadas, carpidas, silenciosas. Um lugar onde o “silêncio é definitivo”, onde se oscila entre a memória e o esquecimento mais absoluto. Um mergulho onde se suspende a respiração noutro tempo, noutro lugar.

“E no meio deste silêncio uma ideia de voz, uma treva agarrada à memória. Foi então que dei por mim a existir para lá da tua morte, como se asfixiasse. Mas o passado não é senão um sonho. Uma brincadeira com clepsidras avariadas e algum sangue.”

Al Berto

Ficha Técnica

Texto Al Berto Adaptação e encenação Zia Soares Interpretação Chullage, Gio Lourenço, Zia Soares Elocução Chullage, Filipe Raposo Composição musical Chullage Design de luz Eduardo Abdala Espaço cénico Zia Soares Movimento Maurrice Figurinos Inês Morgado, Neusa Trovoada Design de som soundslikenuno Fotografia Abdel Queta Tavares, Grace Ribeiro, Pauliana Valente Pimentel Design gráfico Neusa Trovoada Produção executiva Urshi Cardoso Produção Teatro GRIOT Agradecimentos: Al Berto, Cristina Pidwell Tavares e família, Rogério Correia, Chalo Correia Apoios CML, Alkantara, Polo Cultural Gaivotas Boavista, PENHA SCO-Arte Cooperativa, CEC-FLUL, FCT, Khapaz, Graça 28, Rádio Afrolis, Lisboa Africana, Casa Mocambo, Cantinho do Aziz

Biografia

O Teatro GRIOT é uma companhia de actores que se dedica à exploração de temáticas relevantes para a construção e problematização da Europa contemporânea e o seu reflexo no seu discurso e na estética teatral.

​O trabalho que a companhia desenvolve surge da tensão entre corpo e território, entre memória colectiva e memória individual, entre imaginário colectivo e imaginário individual. O Teatro GRIOT opera neste espaço de intersecção de territórios geográficos e simbólicos como ponto nevrálgico de um movimento artístico de contra-memória.

Zia Soares

Zia Soares nasceu no Bié, Angola, em 1972. Frequentou o curso de Filosofia da FLUL e frequenta o mestrado de Artes Cénicas da FCSH/ UNL. No início do seu percurso artístico passou pelo ballet e percussão com a Companhia de Ballet da Guiné-Bissau, pelas artes circenses com a Amsterdam Balloon Company e pelo teatro com a Companhia de Teatro “Os Sátyros”, de São Paulo, Brasil. É uma das actrizes fundadoras do Teatro Praga, onde trabalhou de 1994 até 2000, como encenadora e actriz. É directora artística e actriz do Teatro GRIOT, tendo...

Teatro Griot

O Teatro GRIOT é uma companhia de actores que se dedica à exploração de temáticas relevantes para a construção e problematização da Europa contemporânea e o seu reflexo no seu discurso e na estética teatral. ​O trabalho que a companhia desenvolve surge da tensão entre corpo e território, entre memória colectiva e memória individual, entre imaginário colectivo e imaginário individual. O Teatro GRIOT opera neste espaço de intersecção de territórios geográficos e simbólicos como ponto nevrálgico de um movimento artístico de contra-memória.

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