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Cláudia Dias

Sexta-feira: O fim do mundo... Ou então não

ALKANARA - Cláudia Dias - ©Alípio Padilha
@ Alípio Padilha
  • 17.11 — 19.11 2020
  • Estreia absoluta
  • TNDMII - Sala Estúdio
  • M/6
  • 50 min
  • em português

Sexta-feira é o último dos dias úteis do ciclo Sete Anos Sete Peças. Esta peça fecha um ciclo menor dentro de um ciclo maior. A seguir vem o fim-de-semana, Sábado e Domingo. A semana é inglesa. Mais ou menos: quem saberá contar as horas de trabalho dedicadas a este projeto? Imaginar os dias de descanso tornou-se um luxo. O valor do trabalho evapora-se com o ar de fim dos tempos que assombra o mundo. A ideia de fim do mundo ameaça paralisar a ação e o pensamento. Pior ainda, a ideia de fim da história faz acelerar a corrida para decidir quem será a última pessoa, quem entra e quem fica de fora da barca da história. Mas a história ainda se move, o tempo ainda avança, inexorável. Em 1947, alguns dos cientistas do Projeto Manhattan, que tinham acabado de inventar a bomba atómica, criaram, em resposta aos massacres de Hiroshima e Nagasaki e como alerta para a iminência do desterro nuclear, um relógio do fim do mundo, que marca o tempo que restaria para o apocalipse. Por exemplo, com a eleição de Trump, os ponteiros aproximaram-se mais da meia-noite. Nas contas entram a proliferação das armas nucleares, mas também as mudanças climáticas e a pandemia do Covid-19. Em 2020 estamos a 100 segundos da meia-noite simbólica. É o mais perto do fim que alguma vez o relógio marcou. Esta Sexta-feira, Cláudia Dias junta-se com os mais próximos para fechar a semana, imaginar o futuro imediato e passar a meia-noite. Talvez o fim deste mundo seja apenas o começo de um mundo novo.

Jorge Louraço Figueira

Raquel Lima conversa com Cláudia Dias

Direção artística e interpretação Cláudia Dias Texto Cláudia Dias com colaboração de Jorge Louraço Figueira e parcialmente a partir do artigo "Capitalismo artístico: quando a arte e a cultura ocupam o centro" do autor João Teixeira Música e direção musical Vasco Vaz e Miguel Pedro Desenhos digitais António Jorge Gonçalves Direção Técnica e desenho de luz Nuno Borda de Água Vídeo Bruno Canas Fotografia Alípio Padilha Tradução Marta Prino Peres Assistente Técnico e Artístico Karas Produção Alkantara Coprodução Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Municipal do Porto Residência de coprodução O Espaço do Tempo Apoio Companhia Olga Roriz, Pro.Dança Agradecimentos Idoia Zabaleta, Anabela Ferreira e Helder Azinheirinha - Centro Juvenil de Montemor-o-Novo/Câmara Municipal de Montemor-o-Novo.

Cláudia Dias é artista associada do Espaço do Tempo.
Alkantara é uma estrutura financiada por República Portuguesa | Cultura/Direção-Geral das Artes.

Cláudia Dias (Lisboa, 1972) formou-se em dança na Academia Almadense, na Companhia de Dança de Lisboa e no Forum Dança. Frequentou o Mestrado em Artes Cénicas na Universidade Nova de Lisboa. Integrou o Grupo de Dança de Almada e o coletivo Ninho de Víboras. Colaborou com a Re.Al, tendo sido uma intérprete central na estratégia de criação de João Fiadeiro e no desenvolvimento, sistematização e transmissão da Técnica de Composição em Tempo Real. Leciona regularmente oficinas de Composição Coreográfica e de Composição em Tempo Real. Criou as peças One Woman Show, Visita Guiada, Das coisas nascem coisas, Vontade De Ter Vontade e Nem tudo o que dizemos tem de ser feito nem tudo o que fazemos tem de ser dito. Atualmente desenvolve o projeto Sete Anos Sete Peças.

António Jorge Gonçalves (Lisboa) estudou Design de Comunicação em Lisboa e Design para Teatro em Londres. Cria livros onde texto e imagem se relacionam de forma íntima e experimental. Fez direção visual em peças de teatro e concebeu um método de Desenho Digital em Tempo Real e manipulação de objetos em Retroprojector. Com o projeto Subway Life, percorreu o mundo desenhando pessoas no Metro. Publicou semanalmente nas páginas do Inimigo Público (jornal Público) entre 2003-2018, tendo sido distinguido no World Press Cartoon e visto os seus cartoons políticos serem publicados no Le Monde, Courrier Internacional e em colectâneas internacionais. Foi distinguido em 2014 com o Prémio Nacional de Ilustração pela obra Uma Escuridão Bonita.

Karas (Luanda, 1972) é licenciado em História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa. Tem formação em teatro, dança e cinema com profissionais de vários países. Ator desde 1987, foi dirigido por Yolanda Alves (Teatro de Papel), Miguel Clara Vasconcelos (Teatro Não), João Garcia Miguel (OLHO), Michel Simonot (Théâtre de l’Archipel), Theodoros Terzopoulos (Attis Theatre), Paulo Filipe Monteiro (Novo Grupo/Teatro Aberto), Eduardo Condorcet (Ninho de Víboras) e João Branco (MINDELACT). Fundou, em 1996, a companhia almadense Ninho de Víboras, onde trabalha como encenador, ator e produtor. Desde 2016, colabora como intérprete, dramaturgista, produtor, professor e assistente da direção no projeto Sete Anos Sete Peças.

Cláudia Dias

Cláudia Dias nasceu em Lisboa, em 1972. É coreógrafa, performer e professora. Concluiu o Mestrado em Artes Cénicas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa e formou-se em dança na Academia Almadense. Continuou os seus estudos como bolseira na Companhia de Dança de Lisboa e concluiu o Curso de Formação de Intérpretes de Dança Contemporânea, promovido pelo Fórum Dança. Iniciou o seu trabalho como intérprete no Grupo de Dança de Almada. Integrou o coletivo Ninho de Víboras. Colaborou com a Re.Al tendo sido uma intérprete...

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