Atlas da Boca de Gaya de Medeiros
Meu Profano Corpo Santo de Keyla Brasil
- 08.07 2022
- Mostra BRABA
- Portas Abertas
- Espaço Alkantara
- ENTRADA LIVRE, MEDIANTE RESERVA
- M/18
- 45 MIN
Sessão Esgotada
No seu lançamento a BRABA apresenta de 7 a 10 de julho a estreia de ATLAS da BOCA de Gaya Medeiros, todas as apresentações são seguidas de uma performance diferente criada por artistas da comunidade Trans/Não-binária e de uma conversa com artistas mediada por pessoas convidadas.
Atlas da Boca é uma investigação de dois corpos trans acerca da boca como lugar de intersecção entre a palavra, a identidade e a voz, o público e o privado, o erotismo e a política. Busca novas narrativas, explorando os verbetes que se abrem da boca para fora e que se lêem da boca para dentro.
Ficha Artística
Direção e produção Gaya de Medeiros Cocriação e Atuação Ary Zara, Gaya de Medeiros Provocação, conceção e design do "Breve Atlas da Boca" João Emediato Vídeos Ary Zara Luz André de Campos Operador de Som Milton Estevam Tradução e legendagem Joana Frazão Coprodução Alkantara e Companhia Olga Roriz Gestão Irreal Apoio à Criação Self-Mistake Apoio Institucional República Portuguesa - Cultura | DGARTES - Direção Geral das Artes
Meu Profano Corpo Santo de Keyla Brasil
“Meu Profano Corpo Santo”, é uma performance que investiga as insurgências corpóreas e de gênero através da mimese da própria vida da artista.
Nesta performance uma personagem que vive presa num submundo onde não existem limites para alcançar o ápice do desejo, está em busca de compreender as relações de seu corpo com algo da ordem do divino, que insiste em acusá-la de blasfêmia apenas existir. Em crescente inquirição, a artista faz uso de objetos imaculados numa cerimônia particular que tenta resolver o conflito da comunhão do sagrado e do profano em si. Ao alçar uma investigação que permeia seu gênero, a artista empresta seu corpo para criar e explorar cartografias de um percurso incômodo.
Ficha Artística
Concepção e interpretação Keyla Brasil Produção Fred Paranhos Agradecimentos CASA T
Gaya de Medeiros (brasileira, 31 anos) é bailarina, diretora e produtora. Já trabalhou com diversos coreógrafos e já criou 3 trabalhos solo. Fundou a BRABA.plataforma a fim de viabilizar ações criativas direcionadas e protagonizadas por pessoas trans/não bináries. Interessada na pesquisa dos cruzamentos entre a palavra e o corpo, o privado e o público, o íntimo e o social, Gaya se pergunta sobre o lugar do drama na contemporaneidade.
Ary Zara é trans de identidade não binária licenciado em Cinema pela ULHT e com estudos em guionismo, como bolseiro, na Universidade do Texas em Austin. Premiado pela Zon e com uma longa metragem vendida à Ukbar, desenvolve preferencialmente estéticas de vídeo queer e encontra-se atualmente em pré-produção de uma curta-metragem financiada pelo ICA e produzida pela Take it Easy. Criador do projeto activista T Guys Cuddle Too através do qual se tornou palestrante em diversos eventos, dando também formação a empresas e em estabelecimentos de ensino.
Keyla Brasil é uma artista multidisciplinar que tateia o “devir” artístico através de seu corpo político-travesti. Ao deslocar olhares e discursos, a sua corpografia permeia a inventividade de outras existências possíveis, e de como elas se relacionam socialmente nas fronteiras de um território onde a segregação é a ordem. Agenciar movimentações num contexto de “trans-artvismo” é por onde o trabalho da artista está a ruma nos últimos anos. É licenciada em teatro pela Universidade Federal do Pará e trabalhou muitos anos com teatro marginal, uma...