Lisboa (1983). Artista e pesquisador. Lésbica não-binárie.
Os seus espaços de prática relacionam poesia, escrita ensaística e performance. Doutorando em Estudos Artísticos na FCSH-UNL e Antropologia na USP, com bolsa FCT, pesquisa desde 2014, o recente debate sobre o conceito de Antropoceno e o seu impacto sobre a redefinição disciplinar e estética das relações entre arte, política e ecologia. Estudou Artes do Espetáculo Coreográfico na Universidade de Paris VIII e é mestre em Psicologia pela PUC-SP onde estudou as relações entre imitação e invenção na obra de Gabriel Tarde. A partir da sua pesquisa doutoral, realizou uma série de conferências-performance, entre elas Antropocenas (2017) com João dos Santos Martins, Geofagia (2018) e Fóssil (2020). Publicou também dois livros de poesia (Artesanato, 2015, e Plantas humanas, 2017). Em 2019, participou de um grupo curatorial fomentado por Ailton Krenak que organizou Ameríndia: percursos do cinema indígena no Brasil na Fundação Calouste Gulbenkian, uma mostra que trouxe 5 cineastas indígenas a Portugal e apresentou mais de 30 filmes de produção indígena. Em 2020, co-organizou o seminário Re-politizar o Antropoceno dentro do projeto internacional Anthropocene Campus Lisboa junto com Davide Scarso e Elisabeth Johnson, projeto originado no HKW em Berlim e atualmente disseminado em diversas instituições culturais. Nesse ano, realizou também o filme Ayvy Ypy / Origem da Língua com o realizador guarani Alberto Álvares, comissionado pelo Sesc Pompeia/Exposição Farsa, em São Paulo. Coordena ainda o projeto Terra Batida uma rede que organiza programas de residência e comissiona pesquisas artísticas para que artistas, cientistas e ativistas se cruzem no acompanhamento de conflitos socioambientais em diversos contextos territoriais portugueses.